SDDS DO FUTURO
Apaixonada por sapatos, a influencer de moda Francesca Monfrinatti conta que a sustentabilidade entrou em sua vida – para ficar. Foi a partir deste olhar que entraram na seleção de looks deste ensaio, peças produzidas em ateliê, vintage ou de coleções passadas. "É possível sim, fazer uma imagem de moda atual usando o que temos no nosso guarda-roupa ou no de pessoas próximas", diz ela, assumindo que luxo está muito longe de ser ostentação e afirmando que consumo consciente, mais do que uma onda, é uma necessidade.
Você tem uma reconhecida paixão por sapatos. Existe L’officiel um jeito de consumir e ainda assim ser sustentável?
Tenho sido cada vez mais adepta do slow fashion Francesca Monfrinatti e do consumo consciente. É muito mais fácil do que antigamente, já que hoje existe um movimento significativo de marcas se adaptando à necessidade do eco-friendly. Não compro nada sem pensar na necessidade e utilidade d ecada peça. Eissoéo mais importante: não comprar por impulso, mas pensar e entender se aquela peça faz sentido em min havida emeu armário em longo prazo. Aprendi, com o tempo, que consumir conscientemente é muito mais do que adquirir roupas de marcas de produção lenta e pequena, já que, apesar de amar, sei que elas ainda são muito caras, por causa dos materiais usados e da produção em si. Não adianta nada consumir várias peças que não fazem sentido para mim só porque a marca é slow.
Como observou a sustentabilidade entrar na moda?
L’O A sustentabilidade se tornou uma necessidade. Nossa geração FM tem acompanhado de perto essa evolução, e ageração Zé aprova de que as mar casque nascem comesse viés dão certo. Hoje, esse é um princípio básico para que uma marca se posicione de forma positiva no mercado. É uma tendência comportamental e de consumo que vai tomar, e precisa tomar, cada vez mais espaço. Ao mesmo tempo que vejo o surgimento de designers que têm a sustentabilidade e responsabilidade socioambiental como principal pilar, sinto que, daqui para afrente, as mar casquejá existem há anos vão precisar explicitar suas ações sustentáveis se quiserem continuar no páreo. Também acho importante que as fast fashion estejam se posicionando e tendo um olhar de sustentabilidade em suas produções. Temos um longo caminho pela frente, mas é importante ver alguma movimentação.
Quais são as grandes lições que podemos tirar de 2020?
L’O Definitivamente, sermos mais empáticos com o próximo.
FM Esse tempo isolado fez todo mundo ver como é importante cuidar de quem se gosta e de quem não se conhece também. Quando pensamos em consumo, acho que aprendemos a olhar para nosso armário com outros olhos e com mais carinho. Apesar de momentos absurdos, como na primeira semana de lojas abertas, na China, em que vimos filas na porta de grandes maisons, comprando mais do que “antigamente”, acredito, de verdade, que grande parte das pessoas ressignificou peças dentro do próprio guarda-roupa e passou a consumir de forma mais consciente.
A frugalidade é uma das grandes tendências de beleza/ L’O moda para 2021. Dá para viver mais com menos?
Com certeza. Nossos hábitos de consumo têm mudado e se FM adaptado rapidamente e, cada vez mais, buscamos itens funcionais, que simplifiquem, encurtem e facilitem nossa rotina. Com os acontecimentos do último ano, temos ressignificado todos os costumes que até então considerávamos essenciais. A ideia do editorial surgiu exatamente daí. Será que eu precisaria estar vestindo roupas novas e de coleções atuais? Por que não ressignificar peças antigas, cheias de histórias e de mulheres que eu admiro?
O que é luxo para você, hoje?
L’O Definitivamente, nãoé ostentação. Luxoépo der viver bem, FM ter saúde e, mais do que isso, ter noção de que tenho tudo isso.