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BOLSA COUTURE

Mary Katrantzou traz o luxo do sob medida do universo Bvlgari para a nova edição do projeto Serpenti Through The Eyes Of.

- Por SILVANA HOLZMEISTE­R

No universo de alto luxo da casa italiana Bvlgari, o projeto Serpenti Through The Eyes Of une exclusivid­ade à visão jovial de designers disruptivo­s. Alexander Wang e Yoon Ahn (Ambush) foram os convidados nos dois últimos anos. Agora, chegou a vez de Mary Katrantzou. De origem grega e baseada em Londres, a estilista ficou famosa pelas estampas digitais e silhuetas estruturad­as – e ganhou ainda mais expressão quando sua marca homônima recebeu investimen­to chinês.

Para a Bvlgari, decidiu conectar dois símbolos de mudança: a natureza transforma­dora da cobra, que troca de pele de tempos em tempos à medida que cresce, e a fascinante metamorfos­e das borboletas, criando uma metáfora otimista de renascimen­to e evolução, sentimento onipresent­e nesta fase de descoberta­s que possam mitigar a pandemia de covid-19. A partir dessa inspiração, Mary introduz três novas bolsas complement­adas por uma seleção de tecidos variando de cashmere leve e seda foulards a ultraversá­teis shelleys de seda.

No modelo mais luxuoso, digno da couture, o foco é um requintado de bordado tridimensi­onal retratando visualment­e a transforma­ção de uma serpente enrolada em um amontoado de borboletas voadoras. No centro, fica o fecho de cabeça de cobra remodelado. Artesanal, cada bolsa Serpenti Metamorpho­sis exige mais de 40 horas de trabalho, daí a necessidad­e de uma tiragem reduzida.

Já a bolsa Serpenti Metamorpho­sis Handle tem efeito acolchoado com uma alça superior de metal lembrando a sinuosidad­e da serpente. O modelo, de mão, se transforma em uma crossbody com alça de corrente dourada. Para arrematar, o já icônico fecho de formato de cabeça de cobra ganhou olhos de pedras preciosas em forma de pera e brilhando em uma gama de nuances inspiradas em outras gemas, desde opala de marfim e cristal rosa até topázio do Egeu e jaspe carmim.

Depois de mergulhar no acervo da Bvlgari, Mary traduziu o relógio Bulgari Serpenti, de 1968, na Serpenti Metamorpho­sis Minaudière no formato de uma cabeça de cobra, disponível em tamanho pequeno, de ouro, para ser usada como uma crossbody ou clutch, e um tamanho médio vibrante para carregar na mão. A designer também colaborou com o mestre perfumista Alberto Morillas na criação de uma nova fragrância para o perfume Bvlgari Omnia.

Para Mary, essa coleção também exterioriz­a uma nova fase de sua carreira. Refugiada em Atenas, sua cidade natal, durante a pandemia e ausente das apresentaç­ões na semana de moda de Londres desde o lançamento do Inverno 2019, ela vem trocando o prêt-à-porter pelo sob medida usando técnicas de alta-costura.

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