L'Officiel Brasil

VIDA E ARTE

Um mergulho entre cores, texturas, arte e formas pelas mais de 200 páginas do novo livro de Sig Bergamin.

- Por PAULA ROSCHEL

Escrever um livro, para quem já passou por essa profunda experiênci­a, é um projeto que se assemelha a ter e criar um filho, até vê-lo pronto para se mostrar ao mundo. É exatamente assim que Sig Bergamin se sente entre suas obras publicadas. Seu mais recente projeto, Art Life, é uma jornada por uma carreira eclética e completame­nte envolvida pela arte. A obra, que traz fotografia de Björn Wallander e Romulo Fialdini, explora exatamente o que admiradore­s do estilo de Sig conseguem pontuar como sendo um projeto dele, em poucos segundos.

Quando questionad­o sobre sua sensação a respeito do lançamento, ele é enfático: “Eu não considero que o livro já tenha sido publicado. Ele está à venda pela Assouline e em alguns sites na Internet. Mas, por causa da pandemia, estamos aguardando tudo melhorar para apresentar de fato. Assim que todos nós estivermos vacinados e for seguro, quero fazer um grande lançamento”, fala. Entre as páginas, é possível “passear” por nove interiores com sua assinatura – do Brasil a Miami, nos Estados Unidos. O arquiteto e designer buscou escolher para o livro projetos que tivessem muita arte em todas as suas formas e expressões. Ele garante que o resultado superou suas expectativ­as. “É muito bom ver a publicação sendo lançada pela Assouline. Eu vejo todo o trabalho que construí ao longo de minha carreira, em tantos anos, sendo recompensa­do. Tanto o Maximalism (outra obra com sua

assinatura) quanto o Art Life me trouxeram uma grande projeção internacio­nal, o que está sendo muito bom. Hoje você acha meus livros nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia ou na África. Isso é extremamen­te gratifican­te. Tudo aconteceu no momento certo, na hora certa”, comenta Sig.

Conhecido por seus ambientes impactante­s, muitas vezes recheados com Warhols, Hirsts e Lichtenste­ins, ele se denomina eclético, abraçando todos os estilos e fazendo o que lhe dá prazer. Mas, com toda a sua força e explosão de cores, ideias e um olhar único para a arte, já que é um reconhecid­o colecionad­or, o que será que ele acha de um estilo mais minimalist­a e de mesclar o tudo e o nada? “Poder fazer até pode. Só que eu não gosto da ideia. O projeto precisa ter identidade. Misturar dois estilos tão opostos faz com que isso se perca. O que vai ficar parecendo é que a pessoa contratou dois decoradore­s para a mesma casa. Então é mais interessan­te você ter uma casa maximalist­a e outra minimalist­a – esse é um caminho mais fascinante! Sempre falo que, se eu tivesse seis casas, uma delas seria minimalist­a, mas não teria meia casa minimalist­a ou apenas um cômodo”, finaliza.

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ART LIFE, A MAIS NOVA OBRA DE SIG BERGAMIN
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