DIOR E AS ROSAS
“Felizmente, há flores”, confidenciou Christian Dior em suas memórias. De todas aquelas que o costureiro fundador cultivou com entusiasmo, havia uma que ele admirava acima de todas as outras: a rosa, que influenciou profundamente o designer, especialmente com sua famosa estética new look, na qual a silhueta icônica da corola evoca o formato da flor.
Neste ano, a rosa ganhou atenção especial da marca francesa. Depois da coleção de alta joalheria dedicada às rosas, a Rosedior, chega a vez do lançamento da exposição e do livro. A mostra Dior e Rosas abre neste mês no Musée Christian Dior, em Granville, na Normandia. O museu, que já foi residência da família do couturier e estava fechado temporariamente em função da pandemia, reabre com essa homenagem. A distância, duas boas maneiras de acompanhar a exposição são pelo site do museu e por meio do livro homônimo (35 euros, 160 pág., em francês e inglês), que ressalta a importância da rosa na vida e na obra do designer, até as sucessivas reinvenções propostas pelos diretores criativos que passaram pela grife, inclusive Maria Grazia Chiuri. O desenvolvimento de uma nova variedade de rosa, Jardin de Granville, destaca a importância duradoura da flor, para inspirar coleções, perfumes e joias. Belas fotos e textos formam o dossiê sobre a trajetória da rosa como influência.