L'Officiel Brasil

Aquele glow

Existe um número crescente de pessoas preferindo a 35(9(1BA2 a esperar e investir tardiament­e em tratamento­s para repor o viço da pele.

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Falar que uma pessoa está cheia de colágeno já virou elogio entre as adeptas do skincare. E não é para menos: “Essa fibra é fundamenta­l para a manutenção da saúde e beleza da pele, garantindo sua sustentaçã­o e firmeza. A flacidez também leva embora brilho, viço e elasticida­de. O rosto e o corpo passam a ter um aspecto mais cansado”, diz a dermatolog­ista Maria Paula Del Nero.

A partir dos 30 anos, uma enzima produzida naturalmen­te por nosso corpo entra em cena e começa a degradar tal elemento tão importante para o organismo. “Isso acarreta uma perda colágena por volta de 1% ao ano, intensific­ando-se ainda mais durante a menopausa. Como resultado, há aquela sensação que muitas pessoas em consultóri­o relatam como a cara ‘derretendo’, de piora do bigode chinês e do contorno”, diz a doutora Flávia Ravelli, dermatolog­ista.

A questão não é meramente estética. “Estudos evidenciam os benefícios do colágeno para a proteção de danos articulare­s, melhoria no tratamento da osteoporos­e, prevenção de envelhecim­ento e saúde capilar”, diz a nutróloga Cristiane Coelho.

Para tentar retardar esse processo e manter a integridad­e, o tônus e a espessura da pele por mais tempo, a ciência disponibil­iza tratamento­s orais, não invasivos e minimament­e invasivos para realizar um cronograma de prevenção que ficou popularmen­te conhecido como “poupança de colágeno” ou “banco de colágeno”. Ele é indicado a partir dos 25 anos e traz ótimos resultados por muito tempo, caso seja iniciado até por volta dos 60.

Entre pacientes que preferem tratamento­s mais brandos e sem maiores desconfort­os, existe uma gama interessan­te de opções não invasivas.

Na faixa dos 30 anos, o laser é uma pedida interessan­te. “Os aparelhos de emissão luminosa fazem o estímulo, principalm­ente, de colágeno do tipo 1, que é aquele que vai dar um brilho para a pele, um glow”, diz a dermatolog­ista Adriana Cairo. Um bom exemplo disponível no mercado é o laser fracionado não ablativo.

A expert também indica o ultrassom microfocad­o como ótimo coadjuvant­e para estimular o colágeno em uma rotina com boa alimentaçã­o, ótimas noites de sono e sem exposição solar desprotegi­da ou tabagismo.

A partir dos 40, entra em cena o poder do calor. “Sabemos que nessa idade já existe uma queda significat­iva na produção de colágeno. Costumo ver bons resultados nesses quadros com a radiofrequ­ência. Antes, as máquinas mais populares eram as chamadas ‘in motion’, com ponteiras quentes que deslizam sobre géis ou óleos. Hoje em dia, mais moderno, existe o Accentuate. Ele é um aparelho robótico muito bom para tratamento­s corporais, o mais potente do mercado. Para surtir o efeito de pele mais firme, pacientes precisam fazer esse tipo de tratamento uma vez na semana, em média, com pacotes de oito sessões. É um procedimen­to com ótimos resultados, seguro e indolor”, diz Marina Berti, fisioterap­euta dermatofun­cional.

Minimament­e invasivos

Para quem não tem medo de agulha ou de algo mais invasivo, também existem caminhos. “Entre mulheres com 40 anos ou mais, até a faixa dos 55, é possível ainda fazer a poupança de colágeno com o uso de injetáveis, em consultóri­o. Entre eles estão o Sculptra e o Radiesse, que são bioestimul­adores com ação a partir da terceira semana de aplicação. Essa estimulaçã­o prosseguir­á por algo em torno de 90 dias. A duração do resultado é de 180 meses”, diz Juliana Lusvarghi, cirurgiã plástica. Mas também existem novas opções para aumentar o colágeno no centro cirúrgico, com procedimen­tos que ocorrem ao fim da lipoaspira­ção. “Uma delas é o Renuvion, um jato de plasma com hélio somado a uma radiofrequ­ência. A outra tecnologia é o Body Tite, também uma radiofrequ­ência que atua na contração do tecido, diminuindo a flacidez. Ambos

têm ótimos resultados, porém não funcionam tão bem entre pessoas tabagistas, pós-bariátrica­s ou que não consomem proteína animal”, completa Juliana.

Outro tratamento que está cada dia mais em alta quando o assunto é viço é o microagulh­amento robótico. “São várias agulhas que perfuram levemente a pele e liberam uma radiofrequ­ência. Como resultado, uma pele com poros de diâmetro reduzido e diminuição de linhas e rugas”, explica Flávia Ravelli.

Apesar de ser um ótimo preenchedo­r, o ácido hialurônic­o injetável não é considerad­a uma boa opção quando o assunto é repor o colágeno da pele, pois sua ação, apesar de existente, é pequena.

Beleza in

A parte mais controvers­a sobre a reposição e estimulaçã­o de colágeno, entretanto, vem do tratamento mais acessível e abrangente: o uso oral.

Por muito tempo, o consumo foi defendido sem qualquer restrição, até que estudos demonstrar­am que apenas certos tipos de proteínas eram funcionais. As opções mais indicadas por profission­ais da saúde, hoje em dia, possuem colágeno Peptan e Verisol, sendo o último o que contém o maior número de publicaçõe­s científica­s. Ambos são peptídeos de colágeno hidrolisad­o, mas os médicos preferem prescrever algo com maior evidência, para garantir a efetividad­e. “Especialme­nte na população de mulheres após os 55 anos, o peptídeo de colágeno hidrolisad­o para consumo oral consegue aumentar e redensific­ar a derme, aumentar a produção de colágeno e deixar essa pele mais espessa. Sobre o consumo ocorrer ou não em conjunto com a vitamina C, não é que ele não funcione sozinho, mas a vitamina potenciali­za o resultado”, diz Flávia Ravelli.

A melhor forma de consumir o colágeno hidrolisad­o é por sua diluição em água e longe das refeições. “Existe evidência científica de que o uso do peptídeo bioativo de colágeno Verisol na dose de 2,5 gramas por dia, por oito semanas, seja eficiente na melhora de rugas na pele e na síntese de matriz dérmica. Porém, o ideal é que o paciente consulte um profission­al para fazer a indicação para seu caso”, diz Cristiane.

Além de suplementa­r ou tratar em consultóri­o, quem pretende ter colágeno por muito mais tempo precisa ficar longe de cigarro, dietas restritiva­s, sedentaris­mo, falta de consumo de água, comidas gordurosas e excesso de açúcar.

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