Peças de alta-costura
exigem o talento das costureiras mais experientes. Sob seus dedos ágeis, esboços ganham vida. Começa com um toile de algodão, a primeira interpretação de um desenho que materializa uma silhueta. Depois os looks da coleção são aprovados, montados, costurados e meticulosamente bordados. Quer seja cortado em “flou”, tecidos etéreos destinados a vestidos e blusas, ou outros tecidos mais estruturados usados para “alfaiataria”, cada um requer uma execução rigorosa. No início deste ano, a Chanel deu o ousado passo de reunir cerca de 600 artesãos no complexo 19M, localizado no 19o distrito preparado para preservar e valorizar ainda mais saberes variados. O apuro aparece na coleção, que a diretora criativa Virginie Viard definiu como um aceno à estética das Exposições Universais. A partir dessa temática, vieram os bordados finamente geométricos. Uma das peças-chave é um vestido inteiramente bordado pelo ateliê Lesage, com camélias construtivistas em contas pretas, brancas e coral, usado com uma jaqueta preta. Joias, calçados, tecidos e bolsas também passam pela expertise das oficinas.