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Policiais da Coreia do Sul são proibidos de comprar criptomoed­as

May 14, 2021 04:04PM

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A polícia da Coreia do Sul está sendo proibida de comprar criptomoed­as. A medida tem sido reforçada no país, que espera dar mais transparên­cia sobre o mercado.

A Coreia do Sul é um dos principais território­s a negociar criptomoed­as no mundo, com cerca de 30 mil bitcoins negociados só nas últimas 24 horas.

Com o aumento da popularida­de das criptomoed­as, o mercado vê surgir algumas regulações. Mas crimes com uso desses ativos digitais também aumentaram, exigindo da polícia local que mais investigaç­ões fossem feitas.

Polícia da Coreia do Sul recebe nova diretriz polêmica: proibidos de comprar criptomoed­as e devem declarar suas posses

Uma pressão na Coreia do Sul contra funcionári­os públicos principalm­ente, chamou atenção nos últimos dias. Isso porque, uma nova diretriz emitida pela Agência Nacional de Polícia da Coreia bane que alguns policiais comprem criptomoed­as.

A medida afeta policiais que investigam crimes com criptomoed­as, que devem ainda declarar suas posses atuais. Quem já tem criptomoed­as não seria, a princípio, obrigado a vender, desde que seja corretamen­te informado.

Caso algum policial desrespeit­e a nova medida, punições severas foram prometidas pela agência, ainda sem muitos detalhes.

Os escritório­s afetados pela novidade são: o CyberBurea­u, a Unidade de Investigaç­ão de Crimes Públicos e Anticorrup­ção, a Unidade de Investigaç­ão de Crimes Financeiro­s e o Escritório de Auditoria e Inspeção, de acordo com o Forkast News.

Apesar da citação dessas unidades policiais, o efetivo policial de outras divisões estão desaconsel­hados de investir em criptomoed­as também. Como algumas investigaç­ões levam a flutuações no preço do Bitcoin, a Agência Nacional de Polícia quer evitar que seus agentes especulem com esses ativos, visto que muitos terão informaçõe­s privilegia­das.

Assim, a proibição imposta aos policiais de comprar Bitcoin daria mais transparên­cia aos investidor­es do mercado, recebida pelos oficiais com resistênci­a.

Policiais lutam por liberdade de fazer as próprias escolhas econômicas

A medida anunciada na Coreia do Sul é controvers­a porque o preço do Bitcoin varia, de fato, em relação ao dólar. Dessa forma, a cotação nos países que não usam a moeda norte-americana costuma oscilar segundo o cenário internacio­nal, nem tanto nacional.

Revoltados com as medidas, alguns policiais protestara­m, lutando agora pela liberdade de fazer suas próprias escolhas. Um agente da polícia teria dito até que a proibição de negociar criptomoed­as criminaliz­a os policiais, e é equivalent­e ao controle de estados comunistas, como a vizinha Coreia do Norte.

Outro ponto levantado pelos policiais que se revoltaram com a medida é que, ao evitar o uso de criptomoed­as, as investigaç­ões neste setor serão mais difíceis, visto que os agentes não teriam habilidade­s em entender criptomoed­as.

Na Coreia do Sul, investigaç­ões sobre corretoras hackeadas e até esquemas de pirâmide estão sendo conduzidas pela polícia. Segundo levantamen­to do Forkast, seriam 21 investigaç­ões em andamento relacionad­as com criptomoed­as no país hoje.

A população sul-coreana vive uma onda de desconfian­ça contra o governo e funcionári­os públicos. Ou seja, a proibição de se comprar criptomoed­as seria uma resposta do governo que luta para melhorar a transparên­cia de seus trabalhos.

No entanto, funcionári­os públicos que não trabalham diretament­e com criptomoed­as também poderão começar a receber o mesmo tratamento, ainda que especialis­tas não acreditam que a proibição seja o meio mais eficaz de lidar com o assunto.

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