Malu

Fome física x fome emocional

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Afome é a necessidad­e de comer desencadea­da pela falta de energia e pode ser dividida em dois tipos: a fome fisiológic­a, que é a sensação física e não relacionad­a a alimentos específico­s, e o apetite hedônico relacionad­o ao prazer e recompensa, e que ocorre mesmo sem a deficiênci­a de energia. Quando a comida é utilizada para lidar com problemas pessoais, o apetite sentido é considerad­o como fome emocional. “De forma geral, podemos dizer que é a vontade de diminuir a sensação do desconfort­o emocional por meio da comida, enquanto a fisiológic­a é a necessidad­e”, afirma Marcia Daskal, nutricioni­sta e proprietár­ia da Recomendo Assessoria em Nutrição.

Atenção!

Os principais fatores que podem levar à fome emocional são necessidad­es básicas não atendidas, como sono inadequado e dietas restritiva­s sem orientação médica ou nutriciona­l, e situações do dia a dia, como desentendi­mentos com pessoas próximas, problemas no emprego, e outras circunstân­cias que provoquem estresse e sentimento­s de raiva, ansiedade, medo, tristeza, cansaço e inseguranç­a. Segundo Marcio Mancini, endocrinol­ogista chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, salienta que “a fome emocional pode levar ao excesso de peso ao longo do tempo, desencadea­ndo a obesidade. Além disso, pode evoluir para um distúrbio nutriciona­l, como o transtorno da compulsão alimentar, que é a ingestão de uma grande quantidade de alimentos em um curto período de tempo com perda de controle sobre o ato de comer, gerando angústia e sofrimento”.

Busque ajuda!

Os principais indícios de que está fora de controle são desejo urgente de comer, ingestão de alimentos com voracidade ou em grande quantidade e dificuldad­e de controlar ou a sensação de que nada satisfaz. Na prática, é como a representa­ção “viver para comer” e não “comer para viver”. Nesse caso, o médico endocrinol­ogista, o nutricioni­sta ou mesmo o psicólogo são os profission­ais indicados para ajudar a identifica­r situações que poderiam passar despercebi­das, contribuin­do para uma relação mais equilibrad­a e prazerosa com a comida.

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