Noite feliz... Será?
A depressão de Natal é mais comum do que se imagina, mas tem solução
Ofim de ano chega com muitas celebrações. Todos se reúnem e comemoram o ano que está por vir, as conquistas realizadas, fazem planos... Tudo isso é motivo de muita alegria, certo? Na verdade, nem sempre. Esta época pode ser nociva para pessoas com tendência à depressão. Entenda!
Por que isso acontece?
De acordo com Giridhari Das, mestre espiritual em yoga, este sentimento não é específico desse período. “O que acontece é que, quando não estamos bem, fica ruim sobreviver a uma época do ano em que todo mundo parece estar muito feliz e animado. É como estar com fome e ter que ouvir todos falando como estão fartos. A fome já era ruim, agora ficou pior pelo sentimento de ter sido deixado para trás”. Na visão da psicóloga Lizandra Arita, “a falta de alguém por perto pode causar tristeza e melancolia, e isso acaba sendo muito difícil, já que nessa situação é possível surgir alguns traumas e transtornos”, ressalta a terapeuta.
Como evitar?
“Primeiro, devemos acompanhar de perto nosso estado emocional. Devemos levar muito a sério qualquer emoção ou quadro negativo que se instale. Achamos que essas coisas não são importantes, mas são mais importantes que machucados físicos, pois doem mais e fazem mais estragos”, alerta Das, que recomenda: “mude a vida, busque terapia, leia livros de autoaprimoramento e tome atitudes para combater os sentimentos ruins”.
Não se force!
Apesar de ser essencial lutar contra a tristeza e a depressão, é preciso pensar que cada um tem seu tempo para lidar com as situações. “É complicado para as pessoas que já estão deprimidas serem convidadas para as festividades. Normalmente, isso acontece quando há uma perda de algum ente querido, por exemplo, e estas pessoas já não enxergam mais sentido em comemorar. A pessoa sente um vazio ou mágoa e não quer incomodar quem está feliz”, completa Lizandra. Caso você não se sinta confortável para ir às celebrações, o especialista recomenda deixar bem claro para as pessoas que você não está bem e que não poderá participar das festividades se não se sentir preparada para isso. “É seu direito participar ou não. Ninguém pode lhe obrigar a gostar disso”, comenta Das.
Busque a felicidade
Para mandar a tristeza embora, Das e Lizandra acreditam que é preciso procurar ser feliz todos os dias e priorizar o bem-estar, mudando a vida e trazendo hábitos saudáveis. “Mudar a rotina, aprender técnicas, adquirir conhecimento novo... Tudo faz parte. Ninguém precisa sofrer. Temos que assumir comando de nossa vida e fazer a felicidade acontecer”, salienta Das. “Ficar sozinha nunca é uma boa opção, ainda mais neste período onde o clima de harmonização prevalece”, conclui a psicóloga.