Malu

Alessandra Negrini

No ar em Orgulho e Paixão, a atriz relembra os momentos marcantes de sua carreira

-

Fazer vilãs

“Em cada uma existe um desafio, algo que vai te estimular, porque se você for fazer a mesma coisa sempre, você fica de saco cheio. A Suzana é muito malandra, mas é engraçada. Ela apronta umas coisas que nunca dão certo. Eu encho os olhos com qualquer personagem. Vilã eu faço na televisão. Eu faço outras milhões de coisas, mas por acaso, a televisão me chama para fazer vilã. Então, eu acho que é interessan­te, porque o vilão não tem que estar dentro da norma, não tem que ser certinho, e isso é legal. Eu gosto de fazer qualquer coisa, desde que seja legal.”

Afastament­o das novelas

“Eu não aguento fazer uma novela seguida da outra. Me apareceu essa personagem agora, mas outras coisas que surgiram não me interessar­am fazer. Eu fiz vários filmes nesse tempo, acabei de filmar um longa que se chama Aquamove, do Lírio Ferreira, que eu acho que vai ser bem bacana.”

Cinema, teatro e TV

“Eu transito pelo cinema, teatro e televisão. Cada uma tem uma peculiarid­ade que me interessa. Na televisão, o mais legal é que você pode brincar muito, porque é um trabalho longo. Acho que o que deu certo para mim na televisão foi essa liberdade. Cinema já é uma coisa mais séria, tem outra linguagem. E teatro é a coisa pura, de estar no palco e ser aplaudido. É o prazer mais puro que tem na interpreta­ção.”

25 anos de carreira

“Eu não sou a pessoa que fica olhando para trás e falando: ‘o que poderia ter sido diferente?’. Eu acho que foi muito bom, até agora, tudo aconteceu como tinha que acontecer. Eu só tenho a agradecer por esses anos de carreira: isso é fruto de muito esforço, nada cai do céu.”

Personagen­s importante­s

“Não tenho números importante­s que marcaram. Acho que Engraçadin­ha (1995) foi a primeira. Depois, A Muralha (2000) foi muito importante. E as gêmeas de Paraíso Tropical (2007). Essas são as personagen­s que pontuaram a minha carreira.”

Crise nos palcos

“Teatro quase não dá dinheiro. Mas a gente é muito apaixonado, e o palco é um lugar que sempre acolhe e sempre vai acolher. Então, a gente se vira, faz com o pouco que tem. Se tem mais, a gente faz com mais. O teatro é uma arte de resistênci­a.”

Empoderame­nto feminino

“Ser mulher é um desafio. Todo dia é uma superação. Não tenho histórias de assédio, mas ser mulher é algo que requer uma força, uma fibra muito grande. Eu sei porque tenho filho homem e filha mulher, é difícil pra todo mundo. Mas a mulher tem que lutar mais, eu acho.”

Mulher sensual

“A pessoa que não se sente sensual é uma pessoa estranha, né? Tem dias que eu estou mais sensual, têm dias que eu não estou, tem dias que eu gostaria de estar debaixo do lençol, tem dias que eu estou de TPM... Mas eu tento ser sensual com a vida e comigo mesma porque, se não, não tem graça viver.”

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil