Luiz Fernando Guimarães
O ator encara o desafio de fazer o vilão Amadeu Barone em O Tempo Não Para
Convite para o elenco
“Na verdade, essa novela começou porque eu fui falar com o Silvio (de Abreu, chefe do departamento de dramaturgia da Globo) que eu tinha uma ideia de programa. Conversando ele falou: ‘Luiz, e esse negócio de você não fazer novela?’. E eu respondi: ‘quem não faz novela? Eu faço! É só me chamar’. Uma semana depois me ligaram. Aí o meu projeto ficou parado. Eu sempre tenho ideia para programa porque eu fiz programa a vida inteira. O conhecimento que o público tem de mim é de seriado. Acho que a última novela que fiz foi Cordel Encantado (2011).”
Tema científico na trama
“É legal, inovador. Acho que a criogenia humana (técnica de manter cadáveres congelados por muitos anos para ressuscitá-los um dia) é um assunto que as pessoas conhecem. Meu personagem entra na ciência, na matemática e nessa coisa futurística que deixa a dúvida se isso é real ou não. Tem gente que fala que o Michael Jackson foi congelado e que metade do cérebro do Walt Disney está congelado. Então, é um tema que mexe com a cabeça das pessoas.”
Relação com as redes sociais
“Adoro! Sou viciado. Quero saber o que as pessoas acham. Gosto de falar artisticamente, não me posicionar socialmente e politicamente porque eu acho uma chatice. Vem sempre uns prós e uns contras. Daí o seu perfil vira um debate político, que não é o caso. Mas eu gosto das ferramentas, gosto de me relacionar. Estou na novela por causa disso, para me relacionar com as pessoas. Eu acho bom para a vida.”
Vida eterna
“Eu não gosto de vida eterna. Acho que a vida tem um tempo. Mas a novela não toca na vida eterna. A novela toca na possibilidade futurística de você falar: ‘eu quero dormir agora e acordar daqui a sete anos’. É mais um controle do que propriamente a morte. Ela toca nessa coisa que é ficção, mas também é um desejo. Igual a como seria tão bom poder ir à lua e voltar.”
Folga entre os trabalhos
“Eu nunca tive uma relação de funcionário com a Globo, sempre tive contrato por obra. E eu também não quero essa relação de funcionário porque não é uma posição muito confortável. A minha relação com a emissora sempre foi ótima. Eu sou ator de teatro, tenho uma vida independente. É um veículo que eu adoro, mas não dependo dele para ser feliz.”
Assédio do público
“Eu gosto de sair e saio mesmo. Eu sou carioca, as pessoas estão acostumadas a me ver no Rio de Janeiro. Pode ser que agora mude um pouco, mas eu não sofro assédio. Saio na rua e nem penso nisso.”