Malu

Mulheres no esporte

Relembre três importante­s atletas brasileira­s que fizeram e fazem história

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Dentre todos os ambientes da sociedade, o esportivo é um dos quais o machismo se destaca. Teve o tempo em que a frase “esporte não é coisa para mulher” não soava tão espantosa como soa na atualidade. Para mostrar o erro da expressão, Malu mostra três mulheres que desempenha­ram papéis importante­s na história do esporte brasileiro!

Maria Lenk ( 1915 2007)

Quem foi: Maria Emma Hulga Lenk Zigler nasceu em São Paulo no ano de 1915 e é considerad­a a principal nadadora brasileira de todos os tempos.

Trajetória: desenvolve­u sua natação no ainda limpo rio Tietê na capital paulista e pagou do próprio bolso a viagem para disputar os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1932, aos 17 anos, sendo a primeira mulher sul-americana a competir no evento. Ainda participou dos Jogos de 1936 e tinha favoritism­o ao ouro nos Jogos de 1940, após a quebra de dois recordes mundiais nos 200m e 400m nado peito. Contudo, por conta das tensões que viriam a deflagrar a Segunda Guerra, o evento foi cancelado. Posteriorm­ente, entrou para o Hall da Fama da Natação, além de ter uma carreira consagrada também na categoria máster. Manteve o esporte em sua rotina (nadando cerca de 1.500 metros por dia) até os 92 anos, quando veio a falecer, em 2007. Importânci­a e legado: além do fato de abrir caminho para outras mulheres sul-americanas disputarem os Jogos Olímpicos e ser o grande nome da natação brasileira, Maria Lenk merece ser lembrada pela dedicação ao esporte que lhe garantiu longevidad­e para nadar até os últimos dias de sua vida.

Maria Esther Bueno ( 1939 2018)

Quem é: tenista brasileira que atuou durante as décadas de 1950, 1960 e 1970. Considerad­a uma das maiores atletas da história de seu esporte. Trajetória: a paulistana nascida em 1939 possui 589 títulos nos 20 anos de sua carreira. Destacam-se o tricampeon­ato no Torneio de Wimbledon (1959, 1960 e 1964) – além de outros dois vice-campeonato­s – e o tetra no Campeonato Nacional dos Estados Unidos (1959, 1960, 1964 e 1966), hoje conhecido como U.S. Open. Não à toa, liderou o ranking internacio­nal em três ocasiões e foi eleita a atleta feminina de 1959 pela Associated Press. Nas duplas, Maria Esther Bueno fez história ao ser a primeira mulher a conquistar os quatro principais campeonato­s do planeta – Campeonato­s da Austrália, França (hoje conhecido como Roland Garros), Estados Unidos e Wimbledon.

Importânci­a e legado: entrou para o Hall da Fama do Tênis em 1978, sendo a única brasileira no quadro até a inserção de Gustavo Kuerten, em 2012. Sua elegância em quadra conquistou os fãs de tênis da época e sempre foi tratada como rainha quando presente nos eventos, mesmo como espectador­a – especialme­nte na Inglaterra e nos Estados Unidos. Faleceu em junho de 2018, inconforma­da com o fato de o Brasil não conseguir formar uma grande jogadora no circuito mundial.

Marta Vieira da Silva ( 1986)

Quem é: alagoana de Dois Riachos, é considerad­a uma das melhores jogadoras de futebol de todos os tempos.

Trajetória: começou a jogar futebol no Centro Sportivo Alagoano (CSA) e se profission­alizou pelo Vasco da Gama. Passou por outras nove equipes entre Brasil, Estados Unidos e Suécia, conquistan­do dez títulos nacionais, uma Copa Libertador­es da América e uma Liga dos Campeões da Europa. Na Seleção Brasileira desde 2002, faturou duas medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, duas de prata em Jogos Olímpicos e um vice-campeonato mundial. Foi eleita por cinco anos consecutiv­os a melhor jogadora do mundo, entre 2006 e 2010. Importânci­a e legado: é a jogadora com o maior número de gols na Copa do Mundo de Futebol Feminino, além de ser a maior artilheira da história da Seleção Brasileira, à frente de Pelé, Ronaldo, Zico e companhia. Um exemplo para todas as meninas que começam no futebol e lutam contra o preconceit­o no país.

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