Controle a glicemia
Cinco atitudes para combater o diabetes
Quem recebe o diagnóstico de diabetes tem muito o que aprender sobre a doença. Isso porque nem tudo o que é bom para uma pessoa vai funcionar para outra! Sabia que a alimentação, por si só, não é a única responsável pela estabilização dos índices glicêmicos? É isso mesmo! O cansaço físico e o fator emocional também podem influenciar na quantia de glicemia que o medidor está mostrando no momento. Aprenda um pouco mais sobre o diabetes e como baixar os níveis de açúcar no sangue!
Incremente a alimentação
“Alguns grãos e sementes podem ser usados no preparo de molhos, carnes e pães, além de servirem como ingredientes de inúmeras receitas que dão sabor e qualidade aos alimentos”, afirma a nutricionista Greice Caroline Baggio. Confira cinco opções que vão ajudar a manter a taxa de açúcar no sangue dentro do recomendado!
• Sementes de abóbora: contêm proteínas, aminoácidos essenciais e são riquíssimas em fibras. “Além disso, possui grande quantidade de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, importantes à saúde cardiovascular”, pontua Greice. Elas podem ser ingeridas cruas, com ou sem a casca, além de ser opção incluí-las em sucos, sopas e saladas.
• Semente de girassol: “São ricas em vitamina E, um antioxidante. Por causa das suas vitaminas e minerais, quando consumida em quantidades recomendadas, cerca de 1 colher (sopa) ao dia, pode controlar a pressão arterial. Também auxilia na circulação sanguínea, contribuindo para a saúde cardiovascular e óssea”, destaca a nutricionista.
• Quinoa: é rica em antioxidantes, mas seu maior benefício é a grande quantidade de fibras e proteínas quando comparada a outros grãos e leguminosas.
• Grão-de-bico: as fibras encontradas nesse alimento reduzem os níveis de glicose no sangue.
• Chia: tem uma grande quantidade de ômega-3, fibras e antioxidantes, dando ao alimento um poder de combate aos radicais livres. Além disso, tem ação anti-inflamatória e grande capacidade de absorção de glicose.
Pratique exercícios
O fisioterapeuta Raphael Vilela lembra que manter o corpo ativo estimula a produção de insulina no organismo, melhorando o condicionamento cardiopulmonar geral e uma consequente perda de peso. Além disso, praticar atividades físicas como andar e subir escadas, por exemplo, pode prevenir e manter o diabetes tipo 2 sob controle. “Tudo isso age, principalmente, na melhora de alguns efeitos metabólicos específicos como controle da glicemia, da hiperlipidemia (redução dos níveis de colesterol ruim, o LDL), da hipertensão, da obesida- de, além de diminuir o risco de doenças cardiovasculares”, diz o especialista, que ressalta: “Prefira os exercícios aeróbicos, com frequência mínima de três vezes por semana. Tanto para pacientes diabéticos como não diabéticos, o exercício deve incluir um período adequado de aquecimento e resfriamento. É aceitável, também, que jovens com diabetes realizem treinos de alta intensidade para melhorar a resistência,utilizando pesos moderados”. Mas atenção: idosos e diabéticos de longa data devem dar preferência aos exercícios mais leves.
Coma peixe
Embora seja uma substância naturalmente produzida pelo corpo, o colesterol se torna mais abundante com os maus hábitos alimentares, como o consumo de alimentos gordurosos. E é aí que os peixes entram: as espécies de águas frias e profundas são riquíssimas em ômega-3, elemento essencial que nutre o cérebro, protege o coração e elimina o colesterol ruim (LDL) do corpo! Ele ainda traz inúmeros benefícios para a saúde, como o combate à osteoporose e a ajuda no emagrecimento, queimando gorduras do organismo, pois a substância diminui os depósitos de gordura nociva, além de aumentar o gasto energético, o que auxilia na manutenção do peso e previne o diabetes tipo 2. Mas atenção: na hora de preparar o peixe, não empane e nem frite! Dessa maneira, ele perderá uma série de nutrientes e adquirirá gorduras nocivas. Além disso, é preciso cuidado na hora da compra: ele precisa ser fresco e sua carne não pode estar com aparência escura ou odor fora do normal.
Saia do sedentarismo
Além da prática dos exercícios físicos, que tal manter o corpo ativo de uma maneira quase imperceptível?
Vá a pé para os locais próximos: procure definir uma distância mínima ( 1km, por exemplo) para sair com o carro da garagem.
Ande ou pedale até o trabalho: comece devagar, deixando o carro em casa uma ou duas vezes por semana. Além de se exercitar, você terá uma economia no fim do mês! Se você for de ônibus, desça alguns pontos antes da sua parada e caminhe até o local.
Troque o elevador: mora em prédio? Pare de apertar o botão do elevador e use as escadas! Deixe o controle remoto de lado: levante para trocar de canal ou alterar o volume da televisão. Isso evita que você fique sentada por muito tempo.
Passe longe do açúcar
Uma rotina alimentar desequilibrada tem como consequência o desenvolvimento de diversas doenças, como hipertensão, desgastes ósseos, envelhecimento precoce e o diabetes! Assim, alguns alimentos devem ser evitados, ou até mesmo retirados do seu dia a dia. Veja o que cortar:
Açúcar refinado: um dos maiores vilões da alimentação dos diabéticos é, com certeza, o açúcar. Presente em diversos alimentos comuns da rotina, é responsável por aumentar drasticamente as taxas de glicose no sangue.
Bebidas industrializadas: refrigerantes, chás gelados de lata e sucos de caixinha não são recomendados justamente por excederem a quantia diária de açúcar tolerada. O mais recomendado é apostar nos refrescos naturais e na água sem gás.
Gordura trans: essa variedade é feita de maneira industrializada e é extremamente prejudicial à saúde, pois colabora para o acúmulo de gordura, o que acarreta o agravamento do diabetes. Pode ser encontrada na margarina, em salgadinhos e em bolachas recheadas.
Farinha branca: ricos em carboidratos, os alimentos feitos à base de farinha refinada podem aumentar a taxa de glicose no sangue e não apresentam uma quantidade significativa de fibras. Por isso, o ideal é que se escolha as versões integrais.
Cereais açucarados: muito famoso no café da manhã, esse ingrediente é altamente processado e possui baixo nível nutricional, fazendo com que o indivíduo sinta fome mais rápido e elevando as taxas de açúcar.