Malu

Andreia Horta

Depois do cinema, a atriz volta a interpreta­r Elis Regina na série da Globo Elis - Viver é Melhor que Sonhar

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Por que você ficou com dúvida se deveria aceitar o convite para a série?

“Porque eu achei que a missão já tinha sido concluída. Afinal de contas, já fazia três anos, nós filmamos em 2015. E voltar não é simplesmen­te voltar. É sala de ensaio de novo, todo um trabalho. Mas depois eu entendi que não, que tinha mesmo (material para produzir) e mudei de ideia rapidinho.”

Como foi a caracteriz­ação? Você precisou mudar o cabelo?

“Não. A gente usou peruca. Aliás, no filme o único cabelo que eu uso é o curto. Eu estava com aquele cabelo. A fase jovem e mais velha era tudo com peruca.”

Qual a importânci­a de a série estrear logo no início de 2019?

“A Elis chega no Brasil em 1964 e morre em 1982. Toda a trajetória artística dela se deu no período da Ditadura Militar. Logo, era preciso naquele momento pensar muito sobre o que responder. Voltamos a isso. Primeiro porque é o mês em que a Elis faleceu. Ela faleceu em 17 de janeiro de 1982. É um mês em que o Brasil começa a ter um novo capítulo e ter a Elis dizendo as coisas que ela está dizendo eu acho da mais alta importânci­a.”

O que vem de lembrança quando você revê as cenas do filme?

“Eu me arrepio inteira. Vem muita coisa, não conseguiri­a resumir em poucas palavras. Vem uma admiração infinita, uma gratidão muito grande pelo universo ter me permitido realizar uma coisa que era, realmente, um dos maiores sonhos da minha vida.”

Qual foi a cena mais difícil de gravar?

“A morte, certamente.”

Interpreta­r Elis Regina foi um divisor de águas na sua carreira?

“Com certeza! Principalm­ente foi um divisor em mim como atriz, independen­te do que resulta a carreira. A carreira é para quem vê, e quem vê sempre tem os próprios julgamento­s. Isso é uma coisa que a gente nunca pode controlar. Logo, não é uma coisa da qual eu me ocupo muito. Agora, eu me ocupo muito do que vou fazer. Antes de dizer ‘sim’, eu penso: ‘o que eu vou fazer? O que o personagem pode me trazer? Eu quero experiment­ar isso em mim?’. É uma questão muito pessoal.”

Além da série, você tem outros projetos para 2019?

“Tem a segunda temporada do meu programa no canal Brasil, País do Cinema, um filme e tem uma novela. Está ótimo!”

Pode dar detalhes sobre a novela e o filme?

“A novela é Nos Tempos do Imperador, da Teresa Falcão. O filme eu não posso falar ainda.”

Você sente vontade de dirigir um projeto futuro?

“Dirigir ator é uma coisa que eu tenho vontade. Agora, dirigir um todo eu acho que ainda não.”

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