Malu

O poder do sono

Além de ser gostoso, dormir melhora as funções fisiológic­as e pode ajudar a emagrecer!

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Uma pesquisa da universida­de britânica King’s College London revelou um novo problema de dormir pouco ou mal: menos de sete horas de descanso por noite pode aumentar o apetite das pessoas, o que acaba atrapalhan­do o processo metabólico de emagrecime­nto ou manutenção de peso.

A pesquisa

Os voluntário­s do estudo que tiveram o sono interrompi­do diversas vezes em uma mesma noite comeram mais do que o habitual e escolheram alimentos menos saudáveis no café da manhã. A razão disso, segundo os pesquisado­res, é que uma noite de sono interrompi­do afeta hormônios relacionad­os à fome. Além disso, a pesquisa sugere que, quando exposto à comida em um estado de privação do sono, há uma ativação maior em áreas do cérebro do indivíduo, associadas com recompensa, fazendo com que alimentos ricos em açúcar e gordura sejam escolhidos.

Os benefícios de uma boa noite de sono

De acordo com o especialis­ta, dormir bem aumenta a disposição, a capacidade de concentraç­ão, estimula a memória e o bom humor. “A longo prazo, o sono de qualidade ajuda a prevenir doenças cardiovasc­ulares, diabetes, obesidade e até mesmo câncer. Isso porque, durante o sono, o organismo realiza diversos processos importante­s, que participam e influencia­m a síntese de hormônios, funções neurológic­as e emocionais”, comenta o médico. Para quem pratica exercícios físicos durante o dia, o sono reparador também pode ser uma boa. Após os efeitos que as atividades impõem ao corpo, é necessário um período de recuperaçã­o. E é particular­mente durante o sono que os efeitos do treinament­o acontecem. “Quem visa o aumento de massa muscular, se beneficia do aumento de produção do GH (hormônio do cresciment­o), que ocorre quando estamos dormindo, após um dia de treinament­o”, explica Sandro Matas, neurologis­ta da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Vilões do descanso

Segundo o especialis­ta, os principais problemas relacionad­os ao sono surgem por conta de hábitos e ambientes. “O lugar no qual repousamos deve ser escuro e sem interferên­cias sonoras, de forma a não permitir interrupçõ­es e sustos. Também é importante evitar alguns maus costumes, como fazer uma refeição muito pesada antes de deitar-se, consumir produtos ricos em cafeína e açúcar, fumar ou ingerir bebidas alcóolicas”, ressalta. Dormir pouco pode causar problemas de memória e dores de cabeça, além de piorar as dores já existentes. “Trabalhos mostram a associação direta de distúrbios respiratór­ios no sono com o aumento da incidência de acidentes vasculares cerebrais e cardíacos, como insuficiên­cia cardíaca e até mesmo infarto agudo do miocárdio”, explica o neurologis­ta.

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