Como está sua saúde olfativa?
Os problemas relacionados à falta da percepção de aromas é uma doença silenciosa, na qual a pessoa não acaba notando sozinha. “O paciente não se dá conta que perdeu ou está perdendo olfato e, geralmente, acaba descobrindo por meio do alerta de parentes, amigos e colegas de trabalho”, explica o otorrinolaringologista do Hospital IPO, Diego Pizzamiglio.
Idade crítica
De acordo com estudos, cerca de 20% das pessoas com mais de 20 anos de idade apresentam algum nível de perda olfativa, já na faixa dos 50 anos, esse número fica em torno dos 25%. Segundo o médico, ainda não há um exame reconhecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que consiga distinguir a perda do olfato como o que ocorre com uma audiometria, no qual se tem uma estimativa de porcentagem de perda de audição. Por isso, cada caso precisa ser estudado individualmente.
Casos preocupantes
A ausência desta capacidade sensorial pode representar risco à saúde, pois este é o principal sentido que alerta sobre o estado de conservação dos alimentos, por exemplo. “São muitos os casos nos quais quem tem o olfato prejudicado acaba tendo o paladar afetado tam- bém, o que acaba ampliando o quadro, por isso não são raros esse paciente ser advertido por familiares por estar comendo algum alimento estragado”, enfatiza o médico. “Além disso há outros casos preocupantes, como não perceber um vazamento de gás de cozinha, por exemplo”, alerta.
Falta de olfato
As causas da perda de olfato são muitas e, para cada uma delas, há um tipo de tratamento, que em grande parte acaba como sendo uma espécie de fisioterapia olfativa. O problema pode ser ocasionado por uma infecção de vias aéreas (sinusite, gripe, resfriado), por acidente físico no qual o paciente tenha batido a cabeça, desenvolvida pelo uso de medicamentos (descongestionantes nasais entre outros), além dos casos nos quais a pessoa já nasce sem esta capacidade. “O importante é procurar um médico quando perceber a deficiência, pois quanto antes for detectada a perda de olfato, mais fácil e eficiente será o tratamento”, explica Pizzamiglio.