Depressão
Na série do Fantástico, Drauzio Varella falou sobre o assunto e garantiu para os pacientes que vai ficar tudo bem
Recentemente, Drauzio Varella apresentou uma série no Fantástico sobre depressão chamada Não está tudo bem, mas vai ficar. A cada semana, o médico abordou uma faceta diferente da doença, provando que é possível, sim, entender as crises e sair delas. Veja alguns trechos!
Alta incidência
“A depressão acontece com 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Ninguém está livre de ficar muito triste. Situações ruins dão uma balançada na gente, desastabilizam, jogam pra baixo, mas para a maioria de nós, a sensação de desânimo ou luto acaba melhorando em dias ou semanas. A gente se reergue e segue em frente. Depressão é outra coisa, é uma alteração da química do cérebro que distorce a forma de pensar e de sentir as emoções.”
Por que acontece?
“Até pouco tempo atrás acreditava-se que a depressão acontecia apenas pela baixa produção de sustâncias químicas que ajudam a transportar os sinais do cérebro de uma célula para outra, os neurotransmissores, entre eles, a serotonina, dopamina e a noradrenalina, responsáveis pela sensação de bem-estar. Mas estudos recentes mostrarem que o hormônio do estresse também prejudica o equilíbrio químico dos neurônios a ponto de reduzir o tamanho do hipocampo, estrutura do cérebro que constrói a memória e controla as emoções.”
Alerta!
“O preconceito e a vergonha de admitir que está doente, o medo de demonstrar fragilidade, o estresse do dia a dia agravando as angustias tornaram a depressão uma epidemia mundial grave. A OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula que a partir do ano que vem a depressão será a principal causa de afastamento do trabalho.”
Diagnóstico e tratamento
“O primeiro passo é entender que precisa de ajuda médica. A sociedade não aprendeu a respeitar as doenças da mente assim como respeitam a do corpo, mas pode acontecer com qualquer um. Não existe exame de sangue ou imagem que comprove a depressão. O diagnóstico é clínico. Se ela se mostrar leve, a psicoterapia dá conta do recado. Mas com casos moderados e graves, não se brinca. Para eles, foram criados os antidepressivos. A missão da maior parte dos medicamentos é melhorar a comunicação desses neurônios, as células do cérebro, para que volte a existir uma quantidade adequada de substâncias químicas que geram bem-estar. Tem muita gente que começa a tomar antidepressivo e em poucas semanas já se sente melhor e larga a medicação por conta própria. É um erro! Atrapalha a recuperação e leva a crises mais graves de depressão. Não faça isso.”