Prazer sem tabu!
Conheça mitos e verdades sobre sexo para você dominar o assunto
Sexo é um assunto cercado de tabus mesmo que estejamos no século XXI, por isso a ginecologista Caroline Alexandra Pereira, o urologista Paulo Egydio e a psicológa especializada em sexualidade Juliana Bonetti explicam o que é mito ou verdade sobre relações sexuais. Confira!
Sexo anal pode causar problemas no intestino ou hemorroida.
Mito. “Esse tipo de sexo pode facilitar o aparecimento do problema, mas não ocasionar, tendo em vista que a hemorroida é causada principalmente por fatores hereditários. Mas vale ressaltar que pessoas que possuem hemorroidas em estágio de inflamação ou estão com fissuras na região anal devem evitar esse tipo de relação.”
Sexo na água diminui as chances de engravidar.
Mito. “Não existe nenhum tipo de proteção quando você faz sexo dentro da água, seja na piscina, no mar ou na banheira. Portanto, pênis dentro da vagina significa a possibilidade concreta de do esperma encontrar o óvulo, sendo assim o risco de engravidar é o mesmo.”
Tomar anticoncepcional diminui o desejo sexual.
Depende. “A perda ou diminuição de libido é um efeito colateral muito controverso e sem consenso em relação à pílula anticoncepcional, pois há estudos que relatam sua diminuição e outros o aumento da libido.”
Sexo oral pode causar câncer de boca.
Verdade. “Estudos demonstram que os cânceres de orofaringe estão diretamente relacionados ao HPV (Papilomavírus Humano). O principal fator de risco para contrair HPV oral e desenvolver câncer de orofaringe relacionado ao vírus é ter múltiplos parceiros sexuais.”
Ficar de pernas para cima após o sexo aumenta as chances da mulher engravidar.
Depende. “De fato, é recomendado que a mulher permaneça deitada para não perder parte do esperma que pode escorrer pelas pernas, caso ela se levante. Se a mulher tem o útero retrovertido, recomenda-se que, após o ato sexual, ela se vire de bruços e permaneça assim por uns 20 minutos. Já, se o útero está lateralizado para a direita, após a relação, ela deve manter o corpo virado para a esquerda. Mas essas medidas são polêmicas, pois nem todos os médicos concordam e, claro, não são garantia de gravidez.”
Transar sem proteção durante a menstruação não engravida.
Mito. “É mais difícil, mas possível. Durante o período menstrual o interior do útero descama, com isso o embrião não encontra condições para se implantar na parede uterina, algo necessário para haja gravidez. Além disso, para ocorrer a fertilização é necessário a ovulação, que ocorre normalmente 14 dias após o início da menstruação.”
Sexo durante a gravidez machuca o bebê.
Mito. “O neném fica dentro da cavidade uterina, e o colo, por sua vez, mantém-se fechado.”
É possível quebrar o pênis durante a penetração.
Verdade. “Se o pênis duro for dobrado ou envergado, pode ocorrer a fratura dos corpos cavernosos, duas cavidades localizadas nas laterais do pênis que se enchem de sangue durante a ereção. Quando acontece a fratura há o rompimento de uma membrana relativamente elástica que envolve os corpos cavernosos, o sujeito pode até ouvir um estalo e o pênis fica roxo devido à hemorragia. A boa notícia é que, nos dias seguintes, a membrana quase sempre cicatriza sozinha. Mas sexo de novo, só depois de um mês.”
A mulher também pode ejacular.
Depende. “Estudos mais recentes comprovam que é possível mas que somente 2% das mulheres vão apresentá-la. Estamos falando da emissão de quantidade variável de líquido durante a fase mais avançada da excitação no sexo ou junto ao orgasmo. Pode-se considerar como ejaculação feminina a liberação de um fluido escasso, espesso e esbranquiçado. Outra situação é a ejaculação feminina conhecida como squirting, em que há liberação de grande quantidade de líquido.”
O homem pode ter orgasmo sem ejacular e ejacular sem ter orgasmo.
Verdade. “Embora não seja muito comum, é possível sim gozar sem ejacular, e também o contrário, ejacular sem sentir orgasmo. Por exemplo, um homem é capaz de ter ejaculado muitas vezes em um único dia e estar praticamente sem esperma “estocado”. Assim, ele pode chegar ao quarto ou quinto clímax sem liberar nem um pouco de sêmen. Outro caso são homens que tomam alguns tipos de antidepressivo que podem demorar muito mais para lançar o esperma, sendo possível até experimentar um orgasmo sem que a ejaculação aconteça. O caso contrário, a expulsão do esperma sem o clímax, pode ocorrer com quem sofre de ejaculação precoce. Ela às vezes acontece tão rápido, que o sujeito nem chega a sentir o pico de prazer.”