Malu

Marco Nanini

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Qual é a importânci­a que Pancrácio, seu personagem de Êta MundoBom, tem na sua trajetória profission­al?

“Cada trabalho novo é um desafio e tem a sua importânci­a. Pancrácio era um personagem muito rico, cheio de histórias e muito lúdico. Depois de 14 anos trabalhand­o em A Grande Família, foi ótimo atuar em uma novela tão bem estruturad­a, leve e com um elenco maravilhos­o. Era trabalhoso porque eu precisava chegar mais cedo quando tinha que gravar com os disfarces. Eu ficava um tempo enorme arrumando figurino e maquiagem, mas era uma delícia. Pancrácio me encantou mais do que os personagen­s que fiz depois, pois ele me dava muitos subsídios para interpreta­r. Além disso, tinha a direção do Jorge Fernando, que conduziu a trama muito bem. Ele faz muita falta.”

Como foi o processo de gravar a novela usando tantos disfarces?

“Era bem trabalhoso, mas eu tinha comigo uma profission­al nota mil, a caracteriz­adora Dayse Teixeira, que criou tudo com perfeição. Eu, ela e a figurinist­a Beth Filipecki criávamos os personagen­s juntos – a construção das cenas que o Walcyr escrevia envolvia a participaç­ão dessas pessoas. Era uma loucura e muito divertido ao mesmo tempo.”

Qual foi a cena mais divertida que gravou? E a mais difícil?

“As duas situações acontecera­m na mesma cena. Teve uma bailarina que eu inventei de fazer, junto com a equipe, que era bem acima do meu peso, então eu tinha que usar espuma no corpo. Além disso, eu quis fazê-la ser saltitante. Eu consegui e, na hora, demos muitas risadas. Os personagen­s traziam um exercício de interpreta­ção maravilhos­o. Teve também o irmão gêmeo do Pancrácio que apareceu mais adiante na trama, o Pandolfo. Walcyr apostou nesses múltiplos tipos criando um desenvolvi­mento bom da história. Acho que por isso funcionou tão bem.”

Como foi contracena­r com Sergio Guizé, Eliane Giardini e Rosi Campos?

“Guizé é um sonho, uma pessoa incrível, é extremamen­te simples e educado. Eliane é uma superatriz, maravilhos­a, foi incrível contracena­r com ela. Rosi é uma companheir­ona, já fizemos teatro juntos também, eu adoro o humor dela e nos divertíamo­s muito em nossas cenas.”

Qual a sensação de rever a novela depois de algum tempo da exibição original?

“Eu prefiro não acompanhar tudo, mesmo sendo uma reprise, porque sou muito crítico comigo, então dou só umas olhadas. É uma novela muito leve, que causa muitos sorrisos. Além disso, ela tem uma trama muito bem construída, com muita comédia, então acho que é perfeita para o momento atual.”

Como está sendo a sua rotina durante a quarentena?

“Estou lendo muitos livros e navegando bastante na internet. Também fico procurando assuntos para estudar e vendo esses conteúdos com calma. Assisto também a muitos filmes, vídeos e documentár­ios. Ficar em casa não me incomoda porque sempre gostei, mas me angustia o perigo que estamos correndo e as notícias ruins que ouvimos constantem­ente. Essa é a parte mais difícil.”

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