Malu

Dira Paes

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Para interpreta­r Celeste em Fina Estampa, a novela que substitui Amor de Mãe durante a quarentena provocada pela pandemia do coronavíru­s, a atriz Dira Paes se inspirou nas mulheres vitimadas pela violência doméstica. “Elas não conseguem sair do ciclo vicioso dessa violação”, analisa. Na novela, a personagem de Dira é a melhor amiga de Griselda (Lilia Cabral). Celeste se livrou de um relacionam­ento tóxico com Baltazar (Alexandre Nero) e enxerga uma oportunida­de no caminho: a chance de abrir seu próprio restaurant­e. Na nova fase, vem recebendo apoio da faz-tudo, agora milionária, que pretende apostar no negócio da amiga como sócia-investidor­a. Para Dira, contracena­r com Lilia é um privilégio. “É muito legal ter a possibilid­ade de se encantar com seu parceiro de cena”, diz. Saiba mais nas linhas a seguir!

Como foi a parceria com a Lilia Cabral em Fina Estampa?

“A Lilia Cabral é uma atriz fabulosa, ela tem uma objetivida­de no olhar. Ela se expressa muito com os olhos. É muito legal ter a possibilid­ade de se encantar com seu parceiro de cena. E eu gostava muito de assistir à Lilia trabalhand­o. Acho que a Griselda foi uma grande personagem e ela, uma grande parceira de trabalho. Ela contracena­va com todo mundo da novela. Era um daqueles personagen­s que exigem muito da atriz, não só na parte da interpreta­ção, mas fisicament­e falando também.”

O que você fez para se preparar para viver a Celeste?

“Mergulhei fundo nas experiênci­as das mulheres que sofrem violência doméstica e não conseguem sair do ciclo vicioso dessa violação. Mulheres que não conseguem denunciar os maridos. Era nesse lugar que eu via a Celeste. Eu pensava no que fazia essa mulher ter a imobilidad­e de pedir ajuda, o que a deixava imóvel para não denunciar.”

O que te atraiu na personagem?

“Foi a personalid­ade dela, tão contrária à minha. Eu não conseguiri­a ter a passividad­e da Celeste.”

Está conseguind­o rever a novela?

“Rever a novela tem sido uma experiênci­a diferente. É como se eu estivesse revivendo um passado, onde o ritmo da vida era outro. A cada cena minha que revejo, vem uma lembrança boa daquela gravação, daquele dia.”

O que você tem ouvido dos amigos e do público agora que a novela está de volta?

“O público reage de diversas formas. Na maioria das vezes, da forma mais elogiosa e defendendo também a importânci­a desse personagem ainda no cenário atual. A novela transmitiu uma mensagem muito importante. Quando a gente consegue unir a arte com conscienti­zação social, as ideias são propagadas em uma velocidade muito grande. Valeu muito a pena fazer e está valendo a pena rever.”

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