Meiahora - RJ

Pai de soldado morto diz que tiro foi no rosto

No enterro do militar, família contesta versão divulgada pelo Exército

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Ocorpo do soldado Jair Silva da Rosa, de 19 anos, foi enterrado no início da tarde de ontem, no Cemitério Murundu, em Padre Miguel, sob protestos de parentes e amigos, revoltados com a falta de informaçõe­s sobre as circunstân­cias da morte, que ocorreu dentro do alojamento do 2º Regimento de Cavalaria de Guardas, na Vila Militar, em Deodoro, Zona Oeste do Rio. Segundo o Exército, o jovem foi vítima de um tiro acidental, que teria perfurado o seu pescoço. O disparo partiu do fuzil de um outro soldado, que está preso no próprio quartel e não teve o nome revelado.

“Não acredito no que o Exército fala. Eu vi o meu filho. Não teve tiro no pescoço, foi na cara. E como é que havia um fuzil dentro do alojamento? Quando fomos à Vila Militar, estavam querendo abafar tudo, não nos deram informação alguma”, disse Jair da Rosa, pai do soldado.

Afamília do soldado morto pediu que fosse realizada uma segunda perícia, mas o Exército não teria aceitado. Oautor do disparo, que não teve o nome revelado, foi preso por homicídio. Segundo o Exército, foi aberto um Auto de Prisão em Flagrante.

Inquérito: prazo de 30 dias

O comandante do 2º Regimento de Cavalaria de Guardas, tenente-coronel Marcio Costa, afirmou que todas as informaçõe­s serão apuradas num IPM (Inquérito Policial Militar): “Vamos ouvir todos os envolvidos. Teremos 30 dias para concluir o inquérito. Acredito que tenha sido acidental porque os dois soldados eram amigos”.

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ALESSANDRO COSTA Militares choram abraçados durante o enterro do soldado Jair da Rosa: morte é investigad­a
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REPRODUÇÃO Jair Silva da Rosa tinha 19 anos

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