COMO EVITAR
Obem maior do ser humano é a vida. Há quem diga que o segundo é a liberdade. Mas é a saúde que garante a todos nós uma vida boa e longa. Para ajudar você, leitor, a cuidar da sua saúde, passo a assinar essa coluna semanal. Espero, com minha experiência médica diária em contato com as pessoas, contribuir abordando temas do dia a dia do nosso povo. E o assunto de estreia é alimentação. Você já ouviu falar em DTAs?
Pois bem, a ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos, as chamadas DTAs, cresce em todo o mundo. Existem aproximadamente 250 tipos de DTAs, e grande parte delas é causada por micro -organismos e suas toxinas, além dos agrotóxicos. Os sintomas mais comuns são dor de estômago, náusea, vômitos, diarreia e febre. O quadro clínico pode durar poucas horas ou se estender por vários dias. Casos mais graves podem levar à desidratação, diarreia com sangue, insuficiência renal e respiratória e até à morte. A gravidade vai depender da quantidade de alimento ou de toxina ingeridos e do estado de saúde da pessoa.
Algumas DTAs podem ser consideradas zoonoses, ou seja, doenças transmitidas de animais para o homem, já que grande parte dos alimentos consumidos é de origem animal (carne, frango, leite e seus derivados, entre outros). E onde mora o problema? Falta de higiene, de condicionamento e de condições sanitárias adequadas desses produtos que chegam à sua casa e são consumidos por você e sua família. A maioria dos surtos de DTAs é relacionada à ingestão de alimentos com boa aparência, sem alterações de sabor e odor.
Para evitar contaminação, o consumidor deve, principalmente, prestar atenção à procedência do produto, antes de levá-lo para casa. Alimentos não registrados em órgãos competentes como, por exemplo, o Serviço de Inspeção Federal (SIF), não devem ser consumidos. E o trabalho da Vigilância Sanitária é fundamental quando fiscaliza e impede esses produtos de circular. A boa mesa começa com educação e informação de qualidade. Já diz o ditado que “o peixe morre pela boca”.