Meiahora - RJ

Guia turística volta a depor

Mulher afirma à Polícia Civil que ‘entendeu errado’ frase de colega

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Aguia de turismo Rosângela Cunha prestou novo depoimento, ontem, na Delegacia de Atendiment­o ao Turista (Deat). Foi ela quem optou por levar três espanhóis para a Rocinha no dia 23. No final do passeio, a turista Maria Esperanza Ruiz, 67 anos, foi atingida no pescoço por tiro de fuzil disparado intenciona­lmente por um tenente da Polícia Militar e morreu.

O novo depoimento foi solicitado pela delegada Valéria Aragão, titular da Deat, que encontrou contradiçõ­es entre o depoimento dela e o do guia local, que Rosângela consultou antes do passeio. Em um primeiro relato à polícia, na semana passada, Rosângela disse que o guia local Leonardo Leopoldino afirmou que o passeio na favela era viável. No entanto, ele disse que aconselhou justamente o contrário.

“Agora, a guia disse que entendeu errado, pois a ligação estava ruim. Ela lembra somente que ele a aconselhou a visitar o Vidigal, mas como ela conhecia a Rocinha, quis levar os turistas para o local”, afirmou Valéria. Rosângela prestou depoimento acompanhad­a do advogado e, na saída, não quis falar com a imprensa.

A delegada ratificou que pretende indiciar a guia turística, os sócios da empresa de turismo e o motoristad­ocarronoar­tigo66do CódigodoCo­nsumidor,poromitir informação relevante sobre segurança do serviço; e, ainda, no artigo 132 do Código Penal, que é “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”.

Os policiais envolvidos na morte de Maria Esperanza alegam que o grupo furou uma blitz e, por isso, atiraram. Ele tiveram a prisão decretada, mas a Justiça os soltou.

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Rosângela foi aconselhad­a a ir ao Vidigal, mas preferiu a Rocinha

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