Meiahora - RJ

Hora errada pra sair do armário

Acusado de pedofilia, num caso de 1986, Kevin Spacey pede desculpas e revela ser homossexua­l

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Oastro americano Kevin Spacey, ganhador do Oscar e ator da série ‘House of Cards’, da Netflix, ficou ontem no olho do furacão ao ser acusado de assédio sexual a um menor, num caso ocorrido em 1986, envolvendo o também ator Anthony Rapp, então com 14 anos. Spacey pediu desculpas a Rapp e aproveitou para revelar que é gay.

As acusações de Rapp, que agora está com 46, foram feitas em entrevista ao site Buzzfeed News. Ele disse que o assédio ocorreu durante uma festa. Na época, Spacey, que agora está com 58 anos, tinha 26. O astro se desculpou no Twitter: “(...) se me comportei como (Anthony Rapp) descreve, eu lhe devo minhas mais sinceras desculpas pelo que teria sido uma atitude em estado de embriaguez das mais inapropria­das”, escreveu.

Emseguida,Spaceyfalo­uabertamen­te sobre sua sexualidad­e: “(As acusações) me encorajara­m a abordar outras questões sobre a minha vida (...) Como todos os que me são mais próximos sabem, eu tive, na minha vida, relações com homens e mulheres. Eu gostei e tive encontros sentimenta­is com homens ao longo de toda minha vida e decidi hoje viver como gay”, acrescento­u.

Celebridad­es criticaram a atitude de Spacey. O escritor e roteirista Dan Savage foi um deles.“Não há bebida ou armário suficiente­s que desculpem ou expliquem molestar uma criança de 14 anos”, escreveu. O apresentad­or Billy Eichner disparou: “Kevin Spacey acabou de inventar algo que nunca existiu — um momento ruim para se assumir”.

Oinventor dinamarquê­s Peter Madsen, suspeito do assassinat­o da jornalista sueca Kim Wall a bordo de seu submarino, em agosto, admitiu ter esquarteja­do seu corpo.“Peter Madsen reconheceu que cortou o cadáver e dispersou as partes do corpo na baía de Koge”, cerca de 50 quilômetro­s ao sul de Copenhague, a capital, informou a polícia dinamarque­sa, em um comunicado divulgado ontem.

Até então, Madsen vinha negando ter mutilado o corpo de Kim e assegurava que a jornalista morreu de forma acidental, depois de ser atingida na cabeça pela escotilha de acesso do submarino. O inventor alegava também que a vítima caiu em seguida no mar e desaparece­u.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito afirmou posteriorm­ente que “Kim Wall morreu intoxicada por monóxido de carbono no submarino”.

Kim era uma jornalista autônoma e trabalhava entre Nova York, nos Estados Unidos, e a China. Ela embarcou em 10 de agosto no submarino “Nautilus”, ao lado do próprio inventor Peter Madsen, para fazer uma reportagem.

O namorado da jornalista denunciou seu desapareci­mento em 11 de agosto. No mesmo dia, Madsen foi resgatado em Öresund, entre a costa da Dinamarca e da Suécia, antes do naufrágio do submarino. Ele foi detido e indiciado por assassinat­o e atentado à integridad­e de um cadáver.

Ao longo das semanas seguintes, a polícia foi encontrado, no mar, a cabeça e partes do corpo da vítima.

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Rapp acusou Spacey de assediá-lo sexualment­e numa festa
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