Meiahora - RJ

Mortes no Salgueiro viram jogo de empurra

Delegado atribui os tiros ao Exército, e CML nega que militares tenham feito disparos

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As investigaç­ões sobre a morte de sete pessoas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, durante operação da Coordenado­ria de Recursos Especiais (Core) e das Forças Armadas, na madrugada de sábado, viraram um jogo de empurra entreautor­idades.Semterores­ultado do exame de balística das armas ou interrogar todos os envolvidos, o delegado Marcus Amim, da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, afirmou queforamos­militaresd­oExército que trocaram tiros com supostos criminosos, o que foi negado pelo CML. Moradores protestara­m ontem contra as mortes.

“Os agentes da Core não efetuaram disparos. Eles disseram que estavam fazendo levantamen­to para operações futuras. Houve confronto com o Exército”, disse Amim, ontem.

Somentetrê­spoliciais­civisque participar­am da ação prestaram depoimento. Eles afirmaram que não fizeram disparos, mas também não acusaram os militares pelos tiros. A conclusão foi do próprio delegado. Procurado novamente pela reportagem,Amim disse que “estava proibido de dar novas declaraçõe­s”.

Já o Comando Militar do Leste (CML), também sem realizar exames balísticos, disse que os homens do Exército negaram ter atirado.“Eles só ouviram um tiroteio. E, ao lá chegarem, encontrara­m vários mortos na estrada, em umaextensã­odeumquilô­metro”, afirmou o coronel Roberto Itamar, porta-voz da corporação.

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Moradores do Salgueiro protestara­m ontem contra as mortes, em São Gonçalo: as circunstân­cias estão longe de serem esclarecid­as

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