PF manda pra prisão Garotinho e Rosinha
Ex-governadores do Rio são acusados de vários crimes para garantir eleições
Um esquema de arrecadação de propina com direito a braço armado e acordo político com o Partido da República (PR) para garantir eleições da legenda levou à prisão, ontem, dos ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, na Operação Caixa D’Água, por ordem do juiz eleitoral de Campos, Glaucenir Silva de Oliveira, que expediu dez mandados de busca e apreensão, no Rio e em São Paulo. Na Prefeitura de Campos, entre 2009 e 2016, pelo menos seis empresas que prestavam serviço ao município com contratos de R$ 976,6 milhões, quando Rosinha era prefeita, foram pressionadas a fazerdoaçõesilegaisparagarantiras campanhas de Anthony Garotinho e aliados. As irregularidades são apontadas pela Polícia Federal eaPromotoriadeJustiçaEleitoral. O casal foi levado à Cadeia Pública de Benfica, onde já estão o exgovernador Sérgio Cabral e parte da cúpula do PMDB, incluindo o deputado estadual Jorge Picciani.
As investigações apontam ainda que o grupo JBS teria irrigado dinheiro para garantir a estrutura de poder do grupo em função de acordo que destinaria R$ 20 milhõesparaoPR,comoavaldopresidentenacionaldopartido,ex-senador e ministro dos Transportes do então governo Dilma, Antônio Carlos Rodrigues, alvo de um dos mandados de prisão. O grupo contaria com o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, o Toninho, como o braço armadoparapressionarempresários a manterem o‘caixa 2’.