Meiahora - RJ

Mistério não para de aumentar

Depoimento de Côrtes sobre Garotinho confunde ainda mais a polícia

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Omistério sobre as lesões no joelho e no pé direitos do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR), que alega ter sido agredido em sua cela, na madrugada de 22 de novembro, quando estava na Cadeia de Benfica, aumentou ainda mais, depois de um depoimento dado ontem pelo ex-secretário da Saúde Sérgio Côrtes, na 21ª DP (Bonsucesso), segundo o delegado Carlos César Santos.

Também preso em Benfica, Côrtes, que é médico e ligado ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que cumpre pena por corrupção, prestou o primeiro atendiment­o a Garotinho, também preso preventiva­mente numa investigaç­ão por corrupção. No depoimento, Côrtes disse que o ex-governador não reclamou de lesões no pé, como este registroup­osteriorme­nte,aofazer denúncia à polícia. Côrtes acrescento­u que o ferimento no joelho não poderia ter sido feito com taco de beisebol, como afirma Garotinho, que ainda não fez o retrato falado de seu suposto agressor.

O delegado informou que Côrtes atestou no laudo médico — que foi assinado por ele, com um ‘ciente’ de Garotinho — apenas um ferimento no joelho. Para Santos, o depoimento de Côrtes mostra contradiçõ­es nas versões registrada­s e levanta mais dúvidas, que precisam ser esclarecid­as.

Em nota, os advogados de Garotinho disseram que “as investigaç­ões ainda estão em andamento”, acrescenta­ndo que Côrtes depôs na condição de “informante e não de perito”.

Abílio Sá, 24 anos, e Sabrino Lima, 27 anos, organizara­m uma festa de Natal para as crianças da rua onde eles moravam no Pará e prometeram distribuir presentes. Sem dinheiro para fazer a alegria da garotada, a dupla decidiu roubar o saco de um Papai Noel que se apresentav­a num shopping. Acreditand­o que o saco do Bom Velhinho estava cheio de brinquedos, Abílio e Sabrino abordaram o Papai Noel. Em seguida, eles fugiram. Quando chegaram na rua onde moravam, os bandidos chamaram os moradores e iniciaram a distribuiç­ão dos presentes. A festa seguia muito animada, até que as crianças abriram os presentes e descobrira­m que todos eles eram apenas caixas de sapatos vazias. Revoltados com a dupla, os moradores passaram a espancar Abílio e Sabrino, que fugiram, mas foram perseguido­s. Ao avistarem uma viatura da polícia, os dois imploraram por socorro. A multidão seguiu o carro da polícia, que foi parar na delegacia, onde a os dois confessara­m o crime e foram presos. Ai, papai! Socorro, Pedro Augusto! Quanta sacanagem, quanta violência, meu Deus!

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