PM e Flamengo trocam acusações por tumulto
Entorno do Maracanã virou praça de guerra na noite da decisão da Sul-Americana
No dia seguinte às cenas de selvageria vistas dentro e fora do Maracanã, com tumultos, roubos, agressões e destruição, PM e o Flamengo trocaram acusações sobre de quem é a culpa — o Rubro-Negro foi vice-campeão da Copa Sul-Americana ao empatar em 1 a 1 com os argentinos do Independiente. A PM culpou o programa de venda de ingressos do clube. Já o RubroNegro reclamou que o esquema de segurança foi insuficiente.
Uma cena triste foi registrada pela TV Globo, que filmou homem atropelado sendo roubado, e o motorista, furtado e agredido. Ao todo, 16 pessoas acabaram detidas pela PM, e quatro delas tiveram prisão preventiva decretada por roubo. Os outros vão responder em liberdade por causar tumulto, cambismo e estelionato.
A invasão do estádio foi combinada antes da partida, pela internet. Os 650 policiais e a Guarda Municipal não conseguiram conter os arruaceiros. O comandante do Gepe, major Silvio Luiz reconheceu que perdeu o controle da situação.“São feitas barreiras, onde só passa quem tem ingresso. Mas a pessoa que tem o cartão sócio-torcedor passa e a gente nãoconseguefazerachecagem.Issogeraumgrandenúmerodetorcedores na área das roletas, e aí as confusões se iniciam”. Em nota, o Fla criticou“a mobilização e o planejamento dos órgãos públicos para uma partida como a de ontem(quarta-feira)”. O clube diz ter contratado mil seguranças.