Meiahora - RJ

Samba é na rua

Salgueiro dá início aos seus ensaios ‘na pista’

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OSalgueiro­deuinícioo­ntem à noite aos seus ensaios de rua. Este ano, eles têm um sabor especial, já que não haverá ensaio técnico no Sambódromo, comodecidi­uaLigadasE­scolasde SambadoGru­poEspecial.ALiesa cancelou os ensaios que serviam de testes para o desfile oficial, na Sapucaí, alegando falta de verbas. A Vermelha e Branca ensaiou na Rua Silva Teles, no Andaraí, onde fica a sua quadra.

Representa­ntes das agremiaçõe­s fazem no ensaio de rua uma forma de compensar a falta do ensaio técnico. É o que diz o diretor de Carnaval do Salgueiro, Alexandre Couto.

“Na Avenida era possível ajustar o recuo e a distância da bateria. Tivemos que usar nossa experiênci­a na Avenida e levá-la para a rua”, contou. Para ele, o maior prejudicad­o foi o sambista, que perdeu o prédesfile, onde era possível notar os ajustes no som e luz.

Já o mestre de bateria da Portela, Nilo Sérgio, 38 anos, sentiu na pele os efeitos da decisão. O primeiro foi em relação ao espaço. “As ruas não comportam os 4 mil componente­s, o número de filas de bateristas também foi reduzido. No Sambódromo, era composto por 12, agora são oito. E, com o aumento das filas, o som fica distante, o que gerou conflito com o canto”.

Já o diretor da Comissão de Carnaval da Vila Isabel, Ricardo Fernandes, ressalta que “a acústica de muitas quadras são ruins, o que dificulta a percepção do som da bateria e deixa os componente­s mais à vontade”. A escola antecipou e ampliou os dias dos ensaios que aconteciam todas as quintasfei­ras. Agora, também faz aos domingos, para suprir a necessidad­e de ensaio mais rigoroso.

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