É fuzil ou é uma bomba?
Arma explodiu na mão de um policial militar durante tiroteio em São Gonçalo
Amanutenção inadequada e a falta de reposição de peças há uma década são as principais causas de acidentes comfuzisdaPolíciaMilitardoRio, deacordocomaIndústriadeMaterial Bélico do Brasil (Imbel), fabricante das armas. A afirmação foifeitaapósareportagemindagar a empresa a respeito da explosão de um modelo MD3 nas mãos de umPM,nanoitedesegunda-feira.
De acordo com a Polícia Militar, o PM ficou ferido após o fuzilqueeleusavaexplodir,durante uma troca de tiros com dois homens armados em uma moto no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo. Segundo relato dos policiais, eles realizavam patrulha quando foram atacados ao passar pela Rodovia Niterói-Manilha. Durante o confronto, a arma de um dos policiais militares sofreu uma pane e estourou em suas mãos. Ele foi atendido no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT)eliberadoemseguida.Os criminosos conseguiram fugir.
A arma foi encaminhada ao Centro de Criminalística da Polícia Militar (CCrim) para perícia. No entanto, segundo a Imbel, apesar de ser prematuro afirmar, tudo indica que a falta de manutenção seria a causa da explosão. “Pode-se constatar o péssimo estado de conservação da arma danificada. O fuzil apresenta evidentes sinais de desgaste, incluindo a adoção de meios de fortuna para fixação do eixo da sua coronha rebatível com uma tira de borracha”, alegou a empresa, em nota.
Foi o terceiro fuzil da corporação que sofreu um acidente do tipo neste ano. Em outubro, uma outra explosão ocorreu quando o apoio do ferrolho não funcionou e fez com que gases se acumulassem no interior da arma. O PM, lotado no batalhão de Irajá, teve a mão ferida. Em abril, um PM de Olaria feriu o rosto com outra explosão. A Imbel disse que não foi notificada a respeito destes casos.