Assassinos de grávidas presos
Os dois confessaram os crimes, segundo a polícia
Já estão presos os acusados pelas mortes de duas grávidas, assassinadas dentro de suas casas, segunda-feira, na Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense. Os dois, que eram pais dos bebês que as vítimas esperavam, confessaram os crimes, segundo a Polícia Civil, mas um deles alegou que o disparo foi acidental.Ambos foram indiciados por feminicídio, agravante que aumenta a pena por homicídio.
Matheus Almeida da Silva, de 23 anos, assassino confesso da excompanheira,afiscaldecaixaKatyara Pereira da Silva, de 31, entregou-seàDelegaciadeHomicídios da Baixada Fluminense (DHBF) na noite de segunda-feira. Ela estavagrávidadecincomeses,eobebê não sobreviveu. O crime foi no ParqueSãoJosé,emBelfordRoxo.
Em depoimento à polícia, Matheus teria contado que estava separadodamulherháumasemana e,nasegunda-feirademanhã,foià casa onde Katyara morava com as duas filhas de 3 e 10 anos, de outro relacionamento, e logo teve início uma discussão. Ele teria agredido a ex na frente da filha caçula dela e, quando a vítima começou a gritar,enfiouumsacoplásticoemsua boca, matando-a asfixiada.
Os vizinhos só entraram na casa ao ouvirem gritos da criança, quando Matheus já havia fugido, e encontraram Katyara morta. O corpo da grávida tinha marcas de agressão e ainda estava com o saco plástico na boca quando policiais do 39º BPM (Belford Roxo) chegaram ao local do crime.
Além de feminicídio, Matheus pode ser indiciado também por homicídio qualificado, pela morte do bebê que a mulher esperava. Somadas, as penas pelos dois crimes são de até 60 anos de prisão. Sob forte comoção de parentes e amigos, o corpo de Katyara foi sepultado ontem, no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada.