Tempero sírio na rua
Salgados de refugiado fazem sucesso e concorrem com famosos ‘podrões’ do Rio
Otempero da Síria também faz sucesso na gastronomia de rua do Rio. E essa história do Oriente em terras cariocas começou em 2015, quando, fugindo da guerra civil do seu país, Abdullah Aljadaan, de 28 anos, aportou no bairro de Copacabana com seus quibes e esfihas. Desde então, o negócio só prosperou. Tanto que Aljadaan expandiu seu pequeno comércio pelo asfalto, além de participar de feiras de comida popular.
A tarefa era árdua: concorrer com as famosas receitas dos ‘podrões’ de rua preferidas pelo carioca, tais como o churrasquinho e o X-Tudo. Mas os quitutes de Aljadaan agradaram tanto aos estômagos dos moradores de Copacabana que o sírio teve que chamar seus irmãos diretamente da Síria para ajudá-lo nos negócios.
Planos de expansão
“Estamos aprendendo o idioma e conseguindo entrar no mercado brasileiro. Comecei a vender salgados em um cavalete na calçada. Logo depois, meus irmãos chegaram, e montamos carrocinhas em três pontos de vendas. Além de Copacabana, também nos estabelecemos em Botafogo”, diz Aljadaan. Há quase três anos no Rio de Janeiro, o jovem sírio faz planos para crescer ainda mais suas atividades. “Temos a intenção de montar um food truck ou abrir uma lanchonete”, conta.
Aljadaan desenvolveu a habilidade para preparar salgados ainda na adolescência. Aos 15 anos, um amigo de seu pai, que era proprietário de uma lanchonete em Alepo, lhe ensinou as principais receitas. Quatro anos depois, Abdullah abriu sua própria lanchonete. Depois de ir para a Turquia, o jovem escolheu o Brasil como destino.