Justiça livra a cara de Pezão
Governador é inocentado de investigação sobre Comperj
Ogovernador Luiz Fernando Pezão foi inocentado ontem pela Corte Especial doSuperiorTribunaldeJustiça,no processoqueapurasupostocrime contra a administração pública e lavagemde dinheiro,juntoàsempreiteiras que executaram obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), na esfera da OperaçãoLavaJato.Porunanimidade, oSTJdecidiuarquivaroinquérito por recebimento de vantagens ilícitas, atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Oórgãopediuoarquivamento apenas no caso de Pezão.As investigações continuam em Curitiba (PR) em relação aos investigados, como o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e ex-executivos das empresasSkanskadoBrasil,UTC, OAS e Odebrecht.
Ontem, Pezão, que sempre se disse“tranquiloeconfiantenaJustiça”,evitoucomentaroassunto.O ministro Luis Felipe Salomão, relator da peça no STF, foi quem levouopedidodearquivamentodo Inquérito 1040 ao plenário.
A ação era analisada há três anos e o primeiro a se manifestar pelo arquivamento foi o vice procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, há um ano. Para ele “não se encontrou indícios mínimos que justificassem a abertura de ação penal contra Pezão após investigação da Polícia Federal”.
A origem do inquérito, que apura doações ilegais nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014, se deu com a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Ele disse ter solicitado vantagens a empresas com contratos firmados com a estatal.