Meiahora - RJ

Criança é agredida

Vídeo mostra Rennan da Penha batendo em menino

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Renan Santos da Silva, o DJ Rennan da Penha, de 23 anos, agredindo uma criança numa comunidade do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu na noite de terça-feira. Na gravação, ele dá tapas, chutes e joelhadas na vítima e diz que “não se brinca com a família dos outros”.

Várias pessoas acompanhar­am a agressão, que teria começado após o menino criticar um parente de Rennan que teria morrido. Nas redes sociais, seguidores do DJ demonstrar­am revolta em relação ao episódio.“Não interessa o que a criança fez. Ele não tem o direito de bater no filho de ninguém. É um covarde!”, protestou uma internauta.“O correto é ele pegar pelo braço e levar até os pais, não se bate em filho de ninguém”, comentou outro.

Rennan se pronunciou sobre o caso nas suas redes sociais. “Queria pedir desculpa a todos pelo acontecime­nto neste vídeo que está rolando. Ouvi umas coisas que não gostei, fiquei com a cabeça quente e meu sangue subiu. Então, eu queria pedir desculpa a todas as pessoas, à família do L. (o menino) pelo que aconteceu. Estou arrependid­o. Não vai voltar a se repetir”, afirmou o DJ em um vídeo publicado no Twitter e no Facebook.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber se o caso estava sendo investigad­o. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da corporação não havia respondido.

Quem não se lembra de Marinete, Edileuza, Mina, Bozena, Cida, Rosário e Penha? Não é por acaso que o trabalho doméstico é tão retratado em novelas e seriados de grande sucesso na televisão. O Brasil é o país que tem mais pessoas atuando neste tipo de ocupação, de acordo com Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho (OIT). São mais de 7 milhões de pessoas no setor, o mesmo que a população da Dinamarca. E Zélia Venceslau da Silva, de 52 anos, era uma delas. Era. Esta moradora de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, completou 20 anos de serviço doméstico até mudar de vida e ser dona da própria loja de roupas feminina e masculina no mesmo bairro onde mora há quatro anos.

“Sempre trabalhei de domingo a domingo em casa de família. Para complement­ar minha renda, vendia roupas de porta em porta desde os 15 anos de idade. Sou uma pessoa determinad­a e sempre precisei dar meu jeito para sobreviver. A primeira oportunida­de que tive para ter meu espaço, eu agarrei. Hoje, já estou na minha terceira loja em um ponto muito melhor aqui em Nova Iguaçu”, conta Zélia, que chegou ao Rio de Janeiro aos 2 anos de idade com a família vinda da Paraíba, no Nordeste.

No início de 2018, Zélia ganhou no Rio de Prêmios, produto da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Foram R$ 6 mil pelo Web Bônus mais a Casadinha Turbinada.

“Comecei o ano com o pé direito. Estava precisando muito do dinheiro para dar uma levantada na minha nova loja. Investi tudo em mercadoria­s melhores e fiz ótimas vendas”, conta a empreended­ora, que usa o WhatsApp para mandar as novidades para os clientes e aceita colocar a conta “no prego”, recebendo dos fiéis compradore­s apenas quando eles recebem o salário. Uma relação de confiança.

Assim como ela sempre confiou no Rio de Prêmios. Tanto que Zélia tem certeza de que vai ganhar novamente para poder dar a volta ao mundo.

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Rennan:‘Queriapedi­rdesculpa’

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