Bombou nos EUA
Suspeito de explosões se mata para não ser preso
Um homem branco de 24 anos, suspeito dos ataques com pacotes-bomba em Austin, Texas, morreu na madrugada de ontem ao explodir o carro em que estava no momento em que policiais se preparavam para detê-lo. Mark Anthony Conditt teria provocado as cinco explosões que em três semanas mataram duas pessoas e feriram outras três.
A polícia rastreou o carro do suspeito até localizá-lo em um hotel perto de Austin. Os agentes esperavam a chegada de equipes táticas quando Conditt começou a se afastar do veículo. Quando os policiais pretendiam prendê-lo, ele detonou uma bomba dentro do veículo e morreu. Um policial ficou ferido devido à explosão.
Ainda não se sabe se Conditt atuava sozinho ou se tinha cúmplices. Também não está claro o que motivou os ataques. Existe a suspeita de que outras bombas possam ter sido espalhadas e as autoridades pediram que a população continue atenta. A polícia monitorou o suspeito durante 36 horas, depois que obteve provas com imagens de vídeo e depoimentos de testemunhas.
O presidente americano, Donald Trump, comemorou no Twitter o desfecho do caso: “O suspeito das bombas em Austin está morto. Grande trabalho dos agentes da lei e de todos os envolvidos”, escreveu.
As três primeiras bombas foram deixadas na entrada de casas, a quarta foi ativada por um cabo e a quinta foi enviada a um centro de distrubuição da FedEx. Dois homens, de 39 e 17 anos, morreram nas explosões dos pacotes-bomba deixados nas portas de suas casas. Uma mulher de 75 anos ficou ferida na terceira explosão. A explosão de domingo em um bairro residencial tranquilo de Austin feriu dois homens, de 22 e 23 anos.
Opresidente do Facebook, Mark Zuckerberg, rompeu o silêncio ontem sobre o escândalo de mau uso de dados pessoais. Ele afirmou que a companhia cometeu erros e deve fazer mais para resolver o problema. “Temos a responsabilidade de proteger seus dados e se não pudermos, não merecemos servi-los. As medidas mais importantes para isto não ocorrer de novo foram tomadas há anos, mas também cometemos erros e há mais por fazer”, escreveu em seu perfil.
O Facebook enfrenta uma grave crise depois que a empresa de análise de dados Cambridge Analytica foi acusada de obter sem consentimento dados de 50 milhões de usuários para elaborar um programa que permite prever a votação dos eleitores, com o qual influenciou a campanha de Donald Trump em 2016.
Aleksandr Kogan, psicólogo que desenvolveu o aplicativo This is Your Digital Life (Esta é a sua vida digital), usado pela Cambridge Analytica, disse ontem que o mesmo era legal e se ajustava aos termos de uso. Ele disse que a empresa o está fazendo de “bode expiatório” ao culpá-lo de uso ilegal dos dados. “Achei que agíamos de forma apropriada”, disse.