Quando isso vai parar?
Parentes e amigos se despedem do soldado Filipe Mesquita, morto na Rocinha
Morto em um ataque de bandidos, na noite de quarta-feira, na Rocinha, o soldado Filipe Santos de Mesquita foi enterrado, em clima de forte comoção, ontem à tarde, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Uma carreata com dezenas de pessoas partiu da comunidade da Zona Sul ao cemitério, para a última homenagem ao policial. Outra vítima do mesmo ataque, o morador Antônio Ferreira da Silva, de 70 anos, conhecido como “Marechal”, será sepultado hoje, no cemitério do Caju, ao meiodia. Um ônibus vai levar moradores da Rocinha até o cemitério.
Muito emocionados, parentes e amigos vestiam camisetas com o rosto de Filipe. Policiais militares prestaram homenagem ao colega de farda. O comandante da UPP Rocinha, capitão Daniel Cunha Neves; o comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, coronel Rogério Figueredo de Lacerda; e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luis ClaudioLaviano,participaramda despedida.Alémdashomenagens de familiares e amigos, o soldado Mesquita foi lembrado por PMs deSãoPaulo,ontemdemanhã,no início do policiamento.
O policial atuava na UPP Rocinha e estava na corporação desde dezembro de 2015. Filipe era solteiro, não tinha filhos e morava com a mãe. Segundo familiares, ele seguiu os passos do pai, Paulo André Mesquita, que foi PM por mais de três décadas.
No mesmo dia em que o soldado Mesquita foi morto, outros dois PMs perderam a vida pelas mãos de bandidos. Na manhã de quarta, o sargento Maurício Chagas Barros, do 39º BPM (Belford Roxo) tombou num tiroteio com criminosos na comunidade do Gogó da Ema, em Belford Roxo, naBaixadaFluminense.EmCabo Frio,naRegiãodosLagos,avítima foi o cabo Luciano Coelho, morto por bandidos que tentavam assaltar uma loja de eletrodomésticos.