Polícia investiga ação de milicianos
Corpos das 5 vítimas foram enterrados ontem
Aprincipal linha de investigação sobre a chacina que deixou cinco jovens mortos, no domingo, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, é a atuação de uma milícia. O crime aconteceu no Conjunto Residencial Carlos Marighella, do programa‘Minha Casa Minha Vida’, em Itaipuaçu. Ontem, foram sepultados os corpos de Sávio de Oliveira Vitipó, de 20 anos, Marco Jhonata, de 17, e Patrick da Silva Diniz, no cemitério de Maricá.
Matheus Bittencourt, de 18, e Matheus Baraúna, de 16, foram sepultados em outras cidades. As vítimas foram executadas com tirosnacabeça,porpelomenosdois homens, que chegaram de moto. Os jovens eram organizadores de uma Roda Cultural de Rap e conversavam na Área de Convivência do condomínio quando foram mortos. Nenhum dos rapazes tinha passagem pela polícia.
Segundoinvestigadores,ogrupo paramilitar estaria tentando proibiratividadesnaregiãoeusou a execução dos jovens, que não tinham envolvimento com crimes, como exemplo a quem se opuser ao bando.“Esses caras usam a táticadaintimidação,doterrorismo para que moradores aceitem suas ordens,”disse um policial acostumado a lidar com milicianos.
No domingo, a titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), Bárbara Lomba, ordenou a investigação de milicianos. Ontem, centenas de moradores da cidade protestaram contra a violência.