Digitais nos projéteis
Perícia encontra pista que pode confirmar identidade de assassino de vereadora
Digitais parciais do suposto assassino da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista Anderson Gomes foram encontradas nos projéteis recolhidos pela polícia na cena do crime, ocorrido no dia 14 de março. As impressões digitais, no entanto, são parciais e estão em mais de um projétil.
De nove cápsulas examinadas, os peritos identificaram uma que possui características especiais, semelhantes à de um projétil disparado em um homicídio em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Os agentes federais responsáveis pela perícia fizeram apresentação na segunda-feira, na Delegacia de Homicídios da Capital (DH), e impressionaram o secretário de Segurança, general Richard Nunes. O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse estar otimista com a investigação, que completa um mês no sábado.
“Houve um afunilamento das hipóteses. Sinto que as pessoas estão animadas que serão colocados na cadeia não só os que executaram, mas também chegar aos mandantes”, disse.
Na tarde de ontem, dois agentes da DH estiveram na Câmara de Vereadores e intimaram mais oito parlamentares para depor. Seis vereadores já foram ouvidos na DH: Renato Cinco e Babá, ambos do PSOL, mesmo partido de Marielle; Zico Bacana e Marcello Siciliano, do PHS; Italo Ciba, do Avante; e Jair da Mendes Gomes, do PMN. Todos na condição de testemunhas.
Entre os intimados ontem estavam amigos de Marielle, como o vereador Tarcísio Motta (Psol) e o vereador Jones Moura (PSD). “O que posso acrescentar é sobre a trajetória de Marielle”, disse Tarcísio. “Eu e Marielle tínhamos questões ideológicas parecidas”, afirmou Jones.