Rio se prepara para viver sem a metade das UPPs
PMs serão realocados nos batalhões de origem em meio a aumento de confrontos
Dezenove das 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) serão extintas. A decisão foi tomada, ontem, pelo Gabinete da Intervenção Federal na Segurança do Rio, em reunião entre oficiais do Exército e da cúpula da Polícia Militar. Os agentes que trabalham nas unidades serão realocados nos batalhões da área em que atuavam. Entre as comunidades que terão as UPPs desativadas estão a do São Carlos, no Estácio, a do Batan, em Realengo, e a da Mangueirinha, em Duque de Caxias, a única da Baixada Fluminense e fora da capital.
A escolha das UPPs que virarão Companhias Destacadas foi feita após estudos mostrarem que elas estão em áreas onde ocorrem intensos tiroteios e as forças de segurança já perderam completamente o controle.
De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, 140 policiais de UPPs serão realocados para o 9º BPM (Rocha Miranda), o 20º BPM (Mesquita) e o 7º BPM (São Gonçalo). No lugar deles entrarão 400 recrutas. Blaz destacou que a corporação priorizou áreas onde há maior índice de criminalidade.
Também ontem, a PM recebeu 265 viaturas, para intensificar o patrulhamento das ruas. Os novos veículos vão reforçar a frota da corporação em diversos pontos do estado, principalmente em vias expressas, na Baixada Fluminense e na região da Zona Oeste.