Inauguração sangrenta
Estados Unidos abre missão diplomática em Israel sob críticas e mortes em protestos
Ainauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém teve o efeito de um jato de gasolina na fogueira de conflitos entre Israel e palestinos que deixou pelo menos 55 mortos e 2.700 feridos, segundo a BBC, em confrontos com o Exército de Israel ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza. Foi o dia mais violento desde os confrontos de 2014.
A filha do presidente americano Donald Trump, Ivanka, conselheira da Casa Branca, fez parte da comitiva dos EUA na cerimônia. O presidente americano mandou uma mensagem em vídeo: “Israel é um país soberano com direito a determinar sua capital, mas por muitos falhamos em reconhecer o óbvio”, disse Donald.
Para os palestinos e dezenas de países que criticaram a transferência da embaixada, inclusive aliados dos EUA, como Reino Unido e França, não é tão óbvio. O status de Jerusalém é, talvez, o problema mais delicado da região. Israel considera a cidade inteira sua capital, enquanto os palestinos consideram Jerusalém Oriental como a capital de seu eventual futuro Estado.
Dezenas de milhares de palestinos protestaram ao longo da Faixa de Gaza. As manifestações acontecem há seis semanas e pedem o retorno dos palestinos às terras de onde saíram desde a fundação do estado de Israel, que ontem completou 70 anos.