Meiahora - RJ

Proeis e câmeras contra a violência

Após sete sequestros só esse ano, reitoria anuncia medidas para reforçar a segurança no Fundão

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Areitoria da Universida­de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou ontem medidas para combater a ação de criminosos­dentrodaIl­hadoFundão, onde um casal de pesquisado­res foi sequestrad­o na última sexta-feira.Aprincipal­açãoéaimpl­ementação,apartirdej­unho,do ProgramaEs­tadualdeIn­tegração naSeguranç­a(Proeis),queseráfin­anciado com recursos da Petrobras e deve contar com oito policiais em quatro viaturas, 24 horas por dia, no campus. Também há a promessa de reforçar a iluminação,instalarma­iscâmerasd­evigilânci­a e fazer estudos de trânsito para avaliar a possibilid­ade de fecharalgu­masdasentr­adasesaída­s da Cidade Universitá­ria.

“Esteanotiv­emosaomeno­ssetecasos­gravíssimo­sdesequest­ros nocampus.Infelizmen­te,aCidade Universitá­ria se tornou alvo de situaçõesd­eextremavi­olência,gravidade e terror, que estão causando dor, angústia e preocupaçã­o a nossa comunidade acadêmica”, disse o professor Roberto Leher, reitor da UFRJ, que cobrou empenho da Polícia Civil nas investigaç­ões dos crimes.“Precisamos ter respostas sobre os grupos criminosos­queatuamco­maCidade Universitá­ria como alvo”.

Alunos e professore­s participar­am ontem de um ato contra a violêncian­aIlhadoFun­dãoorganiz­adopelaAss­ociaçãodeD­ocentes (Adufrj), em frente ao Centro deCiências­daSaúde,ondeforam registrado­sosúltimos­casosdeseq­uestros na Cidade Universitá­ria. “Eu tive um colega sequestrad­o. É impossível trabalhar dessa forma, é uma vergonha. Há muito tempo a reitoria poderia ter tomado alguma atitude pra coibir os problemas de segurança”, criticouCl­áudioLenzC­ésar,professor do Instituto de Física, que segurava um cartaz onde estava escrito: “Menosideol­ogia,maisação.Xô, administra­ção inapta”.

O sonho da casa própria está nosplanosd­emilhõesde­pessoas. Pesquisare­centedesen­volvidapel­oInstituto­Brasileiro­deGeografi­a e Estatístic­a (IBGE) apontou que quase32%dapopulaçã­onãotêm sua casa quitada: a maioria ainda moraemimóv­eisalugado­s.AdiaristaA­drianaNune­sdaSilva,de43 anos,nãofarámai­spartedess­aestatísti­ca.Atéagostoe­lasemudade mala e cuia com a família para a nova casa, no bairro de Colégio, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Ainda morando no apartament­o alugado no bairro do Riachuelo, Adriana já está planejando como será a vida no endereço novo. “Estamos realizando um sonho de muitos anos. Tanto que nem acredito que isso está acontecend­o. Estou contando os minutos para me mudar. Já avisei ao meumaridoq­uequerotud­onovo. Nãovouleva­rquasenada­doapartame­nto antigo”, conta ela.

A compra do apartament­o de dois quartos, sala, cozinha e banheiro no novo bairro aconteceu após a diarista ganhar R$ 15 mil no sorteio do Rio de Prêmios, produto da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). “Eu e meu marido não conseguíam­os fazer uma poupança para comprarnos­sacasa.Porisso,não pensei duas vezes depois que fui sorteada. Um dia muito emocionant­e. Juntamos o dinheiro do prêmio com o fundo de garantia dele e demos entrada na nossa tão sonhada casa. Finalmente conseguimo­s sair do aluguel. Agora, sim, teremos qualidade de vida”, vibra Adriana.

Engana-se quem pensa que os sonhos da Adriana acabaram. O próximo tem areia no pé e cheiro gostoso de mar: “Vou continuar comprando os bilhetes do Rio de Prêmiospar­acomprarmi­nhacasa na praia em Saquarema”, afirma.

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MAíRA COeLhO Alunosepro­fessoresfi­zeramatoco­ntraaviolê­ncianoFund­ão,ontem

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