Justiça autoriza retorno de chefões do pó ao Rio
Presos em cadeias federais estão prestes a voltar a cumprir pena em Bangu 1
Aos poucos cai por terra a política de segurança do estadodemantertraficantes e milicianos perigosos longe do Rio. Vão aterrissar em breve em Bangu 1, presídio de segurança máxima do Complexo de Gericinó, Adair Marlon Duarte, o Aldair da Mangueira, e Sandro Batista Rodrigues, o Naíba, do Comando Vermelho (CV); e Márcio da Silva Lima, o Tola, do Terceiro Comando Puro (TCP).
Desde março de 2017, outros 29criminososenviadosparapresídiosfederaisretornaramaoRio, entreelesumdoschefesdaLigada Justiça — o mais influente grupo milicianodaZonaOeste—,oexvereadorJerônimoGuimarãesFilho,oJerominho.Quemtambém voltoufoiCelsoLuísRodrigues,o CelsinhodaVilaVintém.
Apesar das figuras carimbadas de perigosas pela Secretaria Estadual de Segurança, que não quis se pronunciar sobre o assunto, o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Rafael Estrella Nóbrega, alegou, em nota oficial, que os bandidos de altíssima periculosidade ainda estão em unidades federais.
Estrella não poupa o Ministério Público e a Secretaria de Segurança sobre o retorno dos criminosos e alega que os órgãos não apresentaramnovosmotivosque justificassem a permanência dos detentos em unidades federais. “Todos estão fora do estado desde 2016, muitos até há bem mais tempo. E a Lei 11.671/2008 determina que a renovação não ultrapasse 360 dias”, argumentou.