A outra face do Rio
Émuito difícil viver numa cidade onde todos os dias há tiroteios e pessoas inocentes morrem ou ficam feridas por balas sem rumo. A vida está cada dia mais dura no Rio de Janeiro e isso dói no coração. Cariocas e fluminenses estão enfrentando vários momentos de terror por causa da violência desmedida que tomou conta de todos os cantos.
Na Avenida Brasil, na semana passada, em pleno horário de rush, um tiroteio entre polícia e bandidos, mais uma vez, deixou policiais feridos e muita gente passando mal no meio de um enorme engarrafamento regado a fogo cruzado. Nervosos, tremendo, chorando e completamente apavorados, homens, mulheres e crianças se escondiam atrás de carros deitando no chão. Parecia um filme de terror, mas não era!
Infelizmente, essa é a realidade nua e crua que virou rotina no Rio de Janeiro há anos. A polícia faz o que pode, mas sem o respaldo jurídico necessário vive enxugando gelo. Ralam muito e ganham pouco. Os números da intervenção também mostram que estamos evoluindo e reconquistando territórios que antes o poder público não tinha acesso, mas a verdade é que vivemos uma guerra civil. O caminho para dias melhores é possível, mas a estrada é longa e dura. Precisamos investir na educação, claro, mas também precisamos de leis severas para punir verdadeiramente aquele indivíduo que está tirando o nosso direito de ir e vir.
Não deveria ser normal termos que ensinar nossas crianças a sair do carro rápido em caso de tiroteio, ou ensiná-las como se comportar se forem assaltadas ou estiverem em um arrastão. Nossas crianças estão se acostumando com o barulho dos tiros, quando deveriam estar familiarizadas com brincadeiras, jogos e livros.
É triste, mas precisamos ter fé e acreditar que há uma luz no fim do túnel!