O calvário de Neymar
Alvo de críticas de todos os lados, craque brasileiro vive um ano para ser esquecido
Dois mil e dezoito é mesmo um ano para Neymar esquecer. Em fevereiro, o atacante sofreu a fratura no pé direito. Assim que voltou a jogar, fracassou junto com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia — eliminada pela Bélgica nas quartas de final — e, de quebra, virou chacota pelo ‘cai-cai’. Agora, depois da derrota do Paris Saint-Germain para o Liverpool, por 3 a 2, na Inglaterra, na terça-feira, pela primeira rodada da Liga dos Campeões, o craque tornou-seoalvoprincipaldascríticas da opinião pública francesa.
“ApartidadeNeymarfoiinadmissível,escandalosa.Atéirritaos olhos ver o que ele fez. Neymar temridicularizadoomundo”,disse o ex-atacante Dugarry, campeãodoMundocomaFrança em 1998, ao canal RMC.
Para o jornal Le Parisien, “Neymar foi uma simples corrente de ar, que logo desapareceu depois da assistência para Mbappé (no segundo gol do PSG). Ele estava anestesiado com a pressão orquestrada pelo Liverpool e, em umestadodefaltadeinspiraçãoe velocidade,Neymarnãoeramais do que a sombra de si mesmo”.
Já o ex-atacante Jean-Pierre Papin,BoladeOurode1991,ampliou as suas críticas para além de Neymar e atacou os companheirosdeataquedocamisa10:Mbappé, que acaba de ser campeão do mundo com a França, e o uruguaio Cavani.“No PSG, não são heróis. São egos. Em algum momento você tem que servir a equipe e isso não acontece aqui, na França. Por que os jogadores do Liverpooldividemabolaeagente não? Quando Neymar jogava no Barcelona (da Espanha, de 2013 a 2017), ele ajudava a defesa de vez em quando”, afirmou Papin.