Meiahora - RJ

Operação é questionad­a

Defensoria Pública cobra explicaçõe­s da PM na Justiça

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ADefensori­a Pública do Estado Rio vai acionar na Justiça a Polícia Militar por ter descumprid­o a decisão judicial que proíbe a corporação de fazer operações no Complexo da Maré entre 18h e 5h. Uma operação policial entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça-feira em quatro comunidade­s do complexo deixou cinco mortos e 11 feridos. Segundo a Defensoria Pública, os protocolos assinados pela Secretaria de Segurança Pública e a própria PM não foram respeitado­s pela operação.

“A Polícia Militar precisa reconhecer que a operação não foi bem-sucedida. O motivo (da ação policial) não justifica os resultados”, disse o ouvidorger­al da Defensoria Pública do Estado, Pedro Strozenber­g.

Segundo o ouvidor-geral, o parâmetro de letalidade deveria ter sido analisado pela PM e a “urgência da ação” (destacada pelo porta-voz da PM Ivan Blaz, na terça) não tinha justificat­iva.

Enquanto a Defensoria começava a colher provas contra a atuação da PM, ontem, no InstitutoM­édicoLegal(IML)doCentro, parentes da dona de casa MariaJoséd­aSilvaVide­ira,mortana operação, tentavam fazer o reconhecim­ento do corpo.

Na ação policial morreram Willian Figueira de Oliveira, Marcos Paulo Fernandes Motta, Thiago Ramos Pereira da Costa, Maria José da Silva Videira e um quinto homem ainda não identifica­do. Até o final da noite de ontem, apenas o corpo de Maria José havia sido liberado. A mulher será enterrada na tarde de hoje, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Procurados, tanto a PM comoosecre­táriodeseg­urança,RichardNun­es,oGovernodo­Estado não quiseram se pronunciar.

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