Crise de gol e de grana
Sem vencer há cinco jogos, Flu enfrenta o Bahia hoje em meio a uma crise financeira
Pressionado por todos os lados, não há outra alternativa ao Fluminense a não ser derrotar o Bahia hoje às 21h, na Arena Fonte Nova, para estancar a crise que vai consumindo o elenco aos poucos. Sem vencer e sem fazer gol há cinco rodadas no Brasileiro, o Tricolor ainda viu a falta de pagamentos de salários ganhar grandes proporções com a insatisfação dos jogadores externada para a imprensa após protestos da torcida contra o time. Se não bastasse, a zona de rebaixamento é um risco real e a necessidade de se livrar logo dela tornou-se urgente.
Com dois meses de salários atrasados, além de cinco de direitos de imagem, o presidente tricolor, Pedro Abad, organizou uma vaquinha para tentar amenizar a falta de dinheiro. Só que a atitude teve efeito inverso. Com a ajuda de conselheiros e ex-dirigentes, Abad arrecadou cerca de R$ 150 mil, pagos na terça-feira. Com o valor irrisório em relação à dívida de R$ 9 milhões (fora os impostos) com o elenco, os jogadores optaram por dividir com todo o departamento de futebol. Alguns, inclusive, teriam ironizado a quantia baixa, segundo o site ‘NetFlu’.
O pagamento dos salários atrasados segue sem previsão. O volante Jadson explicou porque optou-se por dividir com todos. “Jamais vamos criticar qualquer tipo de ajuda que venha ao elenco. Passamos por um momento difícil e toda ajuda é bem-vinda.Todos damos o nosso melhor, mas também é com este tipo de ato que demonstramos que todo mundo está no mesmo barco”, comentou o jogador tricolor.