Conselho Tutelar fica a pé devido à crise no Rio
Motoristas que atendem o órgão cruzam os braços por falta de pagamento
Uma criança de 9 anos ficou 11horasdentrodeumadelegacia de polícia, oito delasesperandoatendimentodeum conselheiro tutelar, no último sábado.Asituaçãoexpôsnovocapítulo da crise na Prefeitura do Rio, queacumuladívidacomacooperativadetransportedos19conselhos tutelares do município. O menino estava perdido no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio, e foilevadoportranseuntesà9ªDP (Catete).Elecontouquemoraem Magé, na Baixada Fluminense, e que saiu de casa com um conhecidoparairàpraia,masseperdeu.
Os motoristas não trabalham hádoisdias,oquecolocaemrisco o atendimento às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Para dar assistência ao garoto na delegacia, uma conselheira precisou pegar ‘carona’ em uma van da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos(SMASDH),aquemo Conselhotutelarévinculado.EmboraadelegaciatenhafeitocontatocomoConselhoTutelardaZona Sul de manhã, a conselheira só conseguiu chegar às 16h07.
Segundo a conselheira Ivana Souza,otrabalhoficapraticamente estacionado sem o transporte. “Essa paralisação afeta as visitas domiciliares, as reuniões, a entrega de relatórios que precisamos encaminhar a outros conselhos ou órgãos, visitas à Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima).Ficamoscomasmãosatadas, sempodertrabalhar”,afirmou.Ela dissequeoConselhotemumcarro, que está quebrado há um mês.