Meiahora - RJ

Crivella não estipula data para Linha 3 do VLT

Prefeito diz que buscará equilibrar o contrato com o consórcio

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Um dia após a divulgação da notícia de que a Linha 3 do VLT está pronta, mas não é inaugurada devido à falta de repasses de recursos do município, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse ontem que está tentando fazer um equilíbrio financeiro -econômico do contrato com o consórcio VLT Carioca. No entanto, ele não estipulou uma data para a inauguraçã­o do novo trajeto, que ligará a Central do Brasil ao Aeroporto Internacio­nal em 18 minutos.

As obras começaram em janeiro de 2018 e, pelo cronograma inicial, deveriam ser entregues no dia 15 de novembro. Enquanto isso não acontece, eventuais passageiro­s e comerciant­es da região reclamam dos transtorno­s.

Crivella lembrou, em entrevista à Rádio Tupi, que o contrato assinado na gestão anterior prevê que o governo municipal arque com o prejuízo, caso a demanda diária seja inferior a 260 mil usuários. “Hoje, tem apenas 60 mil (passageiro­s por dia), e a Prefeitura do Rio tem que pagar o resto. Estamos procurando fazer um equilíbrio do contrato, porque é muito caro pagar 200 mil passagens todos os dias”, completou o prefeito.

Além dessa dívida, o município tem 23 anos — cerca de 270 parcelas — para desembolsa­r R$ 625 milhões custeados pela concession­ária para a construção do transporte que circula pela Zona Central. Para auxiliar a Prefeitura do Rio nessa empreitada, a União liberou mais R$ 532 milhões por meio do Programa de Aceleração do Cresciment­o (PAC) da Mobilidade, totalizand­o R$ 1,157 bilhão. Nem o governo municipal nem o consórcio VLT, no entanto, informaram qual é o valor da pendência entre as partes quanto ao pagamento das parcelas.

“Enquanto a gente não resolver isso (o reequilíbr­io), nós não vamos pagar o final da obra. E aí fica pendente o trecho 3. Mas espero que, nos próximos dias, a gente resolva isso”, concluiu Crivella.

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