Vans piratas tomam as ruas da Zona Oeste Transporte clandestino é única opção para moradores de algumas localidades
Nos diversos pontos de ônibus da Avenida Brasil, no entorno da estação do metrô de Coelho Neto ou nas imediações do calçadão de Campo Grande.as vans clandestinas, exploradas por grupos de milicianos, estão por toda parte. Apesar de a Prefeitura do Rio alegar que faz fiscalizações frequentes, elas são facilmente encontradas, principalmente na Zona Oeste. Algumas usam as mesmas faixas destinadas ao transporte alternativo legalizado sem serem importunadas.
Embangu,naalturadonúmero32.000daavenidabrasil,mototaxistas dizem que tudo ocorre na mais perfeita normalidade. Não se vê fiscalização por ali há meses, segundo eles. O ponto é um dos mais importantes da região.
Em Campo Grande, uma moradora do bairro Inhoaíba explica que a van clandestina é o único meio de transportes para algumas localidades.“a gente
usa porque precisa se deslocar entre a casa e o trabalho. No meu bairro, praticamente não existem ônibus”, queixa-se.
Numa volta rápida pelo bairro, é possível ver vans piratas fazendo linha para os mais variados destinos, como as zonas Norte e Oeste e a Baixada Fluminense.
O delegado Marcelo Ambrósio, da Coordenadoria Especial de Transporte Complementar (CETC), diz que as ações para coibir o transporte irregular são diárias.”nosso trabalho segue um cronograma em todo o município, de acordo com a especificidade de cada região, e sempre planejadas com as informações do setor de inteligência para reprimir as vans piratas”, diz.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR),O número de vans irregulares e piratas retiradas das ruas este ano é superior ao número de vans legais. São 2.069 permissionários, mas a apreensões já chegaram a 2.178.