Carnaval rubro-negro
Jogadores do Fla e Nação comemoraram o Bi da Liberta. A festa terminou em confusão
AAvenidapresidentevargas, tradicional ponto de vaivém de carros alegóricos e deblocosnocarnaval,sótinhaespaço ontem para uma folia: a dos rubro-negros, que aproveitaram para desfilar toda a sua alegria pelo Bicampeonato da Libertadores. O vermelho e preto viraram a “fantasia” obrigatória para soltar o grito que estava preso há 38 anos. De cima do trio elétrico, os heróis do título comandaram a galera, com direito a dancinha animada de Jorge Jesus e Rodinei. O Mister, aliás, roubou a cena, mostrando descontração. Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública, meio milhão de pessoas participou da comemoração. Pena que, após quatro horas, a festa terminou em confusão.
A ansiedade tomou conta dos flamenguistas, já que o voo vindo de Lima, palco da conquista do Bicampeonato da Libertadores, atrasou. Previsto para chegar ao Galeão às 9h25, o avião só pousou por volta das 11h. Autor dos dois gols que deram a vitória de virada, por 2 a 1, sobre o River Plate, Gabigol logo foi em direção à cabine para aparecer na janela com a bandeira rubronegra. Era o sinal para o início da festa. Na pista, funcionários do aeroporto mostravam euforia com a chegada do time.
No percurso até o Centro, torcedores saudavam os heróis. Na Candelária, veio o ápice da festa, com direito a funk e pagode. Um caixão do River foi erguido pelos jogadores. A torcida tentava ver os campeões subindo em sinais de trânsito, nos tetos de pontos de ônibus, bancas de jornal, árvores e até nos marcadores de temperatura. Os gritos de “Fica, Gabigol” e“olê,olê,olê,olêêêê...misteeeer! Misteeeer!”eram repetidos.